Mesmo durante o recesso, algumas movimentações e ações vão dando forma ao que deverá ser a nova oposição ao governo Flávio Dino (PCdoB), a partir de 2019, na Assembleia Legislativa.
No desenho atual, destacam-se os deputados Adriano Sarney (PV), César Pires (PV) e Wellington do Curso (PSDB).
Na tarde de ontem mesmo, por exemplo, Adriano já decretou: - A temporada de moleza comunista no Maranhão acabou.
O parlamentar, por sinal, já vem trabalhando, mesmo nas “férias”, pelo êxito de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) que questiona o texto aprovado no fim do ano passado na Assembleia Legislativa elevando impostos em todo o estado.
Já César Pires revelou, nesta semana, que no início da próxima legislatura, em fevereiro, apresentará nova PEC à Assembleia Legislativa regulamentando a emenda impositiva em âmbito estadual. O tema vem sendo evitado pelo Palácio dos Leões, mas o oposicionista acredita que pode convencer até mesmo colegas governistas a aprovar o texto.
Já Wellington do Curso iniciou o ano focando em ações de defesa de concursados em várias áreas.
Sãos alguns dos temas que devem dominar a pauta oposicionista nos primeiros meses deste ano.

Recursos para o estado
Representantes da Federação dos Municípios e da bancada maranhense na Câmara dos Deputados, entre eles o deputado federal Aluisio Mendes (PODE), estiveram reunidos na terça-feira (8) com o ministro da Secretaria do Governo Federal, Carlos Alberto dos Santos Cruz.
Em pauta, a viabilização de recursos para a educação maranhense.
A reunião foi considerada produtiva e a promessa do Executivo é de disponibilizar valores via Fundeb.

A favor do voto secreto
O deputado federal eleito Márcio Jerry (PCdoB) usou suas redes sociais para mostrar apoio à decisão do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, que manteve votação secreta para a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.
Para Jerry, a decisão também deveria se estender ao pleito no Senado. “Voto secreto é essencial à democracia”, escreveu.

Discussão
Por falar em Jerry, ele e o deputado estadual Adriano Sarney (PV) envolveram-se em uma acalorada discussão nas redes sociais.
No Twitter, trocaram farpas depois de o parlamentar do PV comentar a presença do comunista - presidente do PCdoB no Maranhão - em reunião com o ministro dos Transportes do governo Jair Bolsonaro.
Jerry reclamou de patrulha. Adriano reagiu, e disse que os comunistas tentam se locupletar de um governo que eles mesmos atuam para sabotar. - Em público vocês querem destruir e na penumbra tentam se locupletar - disse.

Cargos
Em dado momento, os dois passaram a debater a entrada de ambos na vida pública. Adriano Sarney destacou ter chegado à Assembleia Legislativa pela oposição.
- Ao contrário de V. Ex., entrei na vida política na oposição. Também ao contrário de V. Ex., tive meu primeiro cargo público concebido pelo voto - disparou.
Jerry respondeu: - Entrei na vida pública aos 15 anos militando no movimento estudantil. De lá pra cá, são muitas lutas - comentou.

Lembrança
Sobre a pauta positiva lançada nas últimas horas por aliados de Flávio Dino (PCdoB) de que a gestão da Emap foi elogiada pelo governo Bolsonaro, o deputado estadual Adriano Sarney postou reportagem em que é citada a possibilidade de transferência ilegal de R$ 80 milhões da empresa portuária ao Tesouro Estadual.
Sobre isso, os aliados do comunista até hoje não se manifestaram.
Mas devem ser obrigados a se posicionar formalmente, em ação popular que tramita na Justiça Federal.

DE OLHO
R$ 200 milhões,
aproximadamente, foi quanto aumentou o “calote” do Governo do Maranhão a fornecedores entre 2017 e 2018.

Em paz?
Depois de movimentos que sugeriram um racha no PSL, o vereador Chico Carvalho e o médico Allan Garcês ensaiaram um movimento de aproximação.
Em Brasília, posaram para fotos num animado aperto de mão, e falaram em não deixar a esquerda “destruir a direita no nosso estado”.
- Selamos pacto de unidade - escreveu Garcês em seu Twitter. Maura Jorge não participou do encontro.

E MAIS

• Aliados do governador Flávio Dino (PCdoB) não gostaram nada da permanência de Kátia Bogéa à frente da presidência do Iphan.

• Reclamam os governistas que “nem pintar casarão” ela permite, o que estaria inviabilizando a revitalização do Centro Histórico de São Luís.

• O procurador do Estado Vanderley Santos não é mais o diretor da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh). Em seu lugar, assumiu o médico Rodrigo Lopes.

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