Estado Maior

As negociações

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

O governador Flávio Dino (PCdoB) já afirmou que vai anunciar a composição do seu novo governo apenas a partir de fevereiro. No entanto, isto não significa que as articulações não estão sendo feitas nos bastidores.
A que parece ser a mais fácil e tranquila é a abertura de vaga na Assembleia Legislativa para o deputado Edivaldo Holanda (PTC), que ficou como primeiro suplente. No caso dele, Dino manterá Marcelo Tavares, eleito deputado pelo PSB, na Casa Civil, onde esteve durante quase todo o primeiro mandato do comunista e retornou assim que findaram as eleições. Tavares não faz resistência.
Talvez a mais difícil seja abrir vaga na Câmara dos Deputados para Gastão Vieira (Pros), que é segundo suplente. Para isso, Flávio Dino precisa tirar um dos seus aliados eleitos deputado federal (Rubens Júnior, Márcio Jerry ou Bira do Pindaré) e ainda negociar com o primeiro suplente da coligação, Simplício Araújo (SD) para que fique onde está no momento, ou seja, na Secretaria de Indústria e Comércio.
Rubens Júnior é cotado para assumir a Secretaria de Cidades, mas o comunista tenta incorporar a Agência de Mobilidade Urbana e a Agência Metropolitana para aceitar a missão que o “seu líder” quer lhe passar. No entanto, a estrutura grandiosa almejada por Rubens Júnior, ao que parece, não será dada. Resta saber se o deputado federal reeleito abre mão do mandato e volta ao Maranhão.
O plano B do governador é tirar o deputado Bira do Pindaré (PSB), que resiste ficar na Câmara Federal. Para Pindaré foi oferecida a Secretaria de Meio Ambiente. Ele não quer ser o secretário, mas já jogou que quer o espaço indicando o nome do titular da pasta.
O que Dino não pensa é tirar Márcio Jerry da oportunidade de assumir o sonhado mandato de deputado federal.
Fora estes nomes, o deputado Neto Evangelista (PRB) se insinua constantemente para voltar para a Secretaria de Desenvolvimento Social. Mas ainda não sabe se isso ocorrerá. O ainda líder do governo, Rogério Cafeteira (DEM), não tem destino certo. Ele somente sabe que terá espaço no governo.
E o PDT acompanha tudo de perto, buscando os espaços - os melhores, é claro -, já fazendo negociações com vistas a 2020.

Artigo
O ex-presidente José Sarney (MDB) publicou na Revista Época desta semana um artigo sobre a Presidência da República.
O pedido foi feito pela própria revista para a reportagem publicada na mesma edição, intitulada “O que um presidente deve saber?”.
Sarney diz no artigo: “A Presidência da República não é um cargo, é uma instituição. O povo tem, de quem ocupa, uma visão do senhor de bem e do mal, que tudo pode e tudo resolve. Mas a cadeira da Presidência é maior do que o presidente”.

Influência
Rubens Júnior tentou ficar com uma secretaria com superestrutura por influência do pai, o ex-deputado Rubens Pereira.
Além disso, o deputado do PCdoB também cogita ficar com alguns cargos da Câmara Federal no mandato que Flávio Dino quer dá para Gastão Vieira.
O problema, principalmente para Gastão, é que o primeiro suplente, Simplício Araújo, quer seus aliados com todos os cargos lá na Câmara. Será que consegue?

Eleição na AL
A partir do dia 15 deste mês, serão retomadas as negociações para fechar a composição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.
Além do presidente, Othelino Neto, já definido, o deputado Glaubert Cutrim (PDT) ficará com a primeira vice-presidência e a deputada Andrea Rezende (DEM) com a primeira secretaria.
Thaiza Hortegal (PP) ficará com a terceira vice-presidência. Os demais cargos da mesa ainda serão debatidos.

Liderança
O senador Roberto Rocha (PSDB) ainda avalia se assumirá ou não a liderança do seu partido no Senado a partir de fevereiro.
A ele, foi oferecida a posição, mas para o tucano a missão pode não ser das melhores, pela visão do senso comum sobre líderes de partidos ou de governos.
Se aceitar ser o líder do PSDB, Roberto Rocha comandará oito senadores durante as negociações para votações e posicionamentos na Casa.

DE OLHO
R$ 998
é o valor
do salário mínimo no Maranhão e na maior parte dos estados brasileiros. Com tantos comunistas revoltados com o valor, Flávio Dino bem que poderia fazer como em outros estados que têm salário mínimo superior ao estabelecido pelo Governo Federal.

Críticas
O governador Flávio Dino continua com o discurso crítico em relação ao governo de Jair Bolsonaro. Nas redes sociais, o comunista incorpora o papel de militante estudantil.
A mais recente crítica diz respeito à declaração da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, sobre cor de roupa de meninos e meninas.
O comunista disse que as famílias brasileiras pensam apenas em roupas para vestir, independente de cor. E, neste contexto, enquadra-se mais da metade da população do Maranhão, que vive na extrema pobreza, com dificuldade de comer, imagina de conseguir se vestir.

E MAIS

• O governo estadual mantém a informação de que o governador Flávio Dino enviou expediente para o Ministério da Educação oferecendo ajuda para concluir obras de creches.

• O que o governo não mostra é que creches são essas. Quantas são e onde começaram a ser construídas?

• O secretário de Saúde, Carlos Lula, explicou que a Cemesp não deixou de funcionar. Apenas trocou de prédio. Agora, passa a funcionar no Pam Diamante, oferecendo os mesmos serviços.

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