Cerco

Polícia ainda procura os assaltantes do Banco do Brasil

Ainda ontem, os policiais realizaram incursões e barreiros na região; em uma dessas ações um agente penitenciário foi baleado por não obedecer a ordem de parada

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Agente baleado quando deixava o hospital em Lago da Pedra
Agente baleado quando deixava o hospital em Lago da Pedra (Agente)

LAGO DA PEDRA _ A polícia ainda ontem continuava as incursões e barreiras em rodovias no interior, visando prender os criminosos que criaram um clima de pânico na cidade de Bacabal na noite do último domingo e roubaram cerca de R$ 100 milhões da agência do Banco do Brasil. Durante a operação de ontem, o agente penitenciário Gláuber Ferreira de Sousa, teria sido baleado de raspão após furar uma dessas barreiras, no povoado Santa Tereza, zona rural de Lago da Pedra.

Segundo a polícia, Gláuber Ferreira, lotado na unidade prisional de Pedreiras, conduzia uma caminhonete e ao ser sinalizado, se recursou a parar e por isso foi alvejado. Ele foi levado para o Hospital Serra de Castro, em Lago da Pedra, onde foi medicado e já recebeu alta médica.

Há informações de que o agente penitenciário não parou no cerco policial devido os policiais estarem à paisana. Ele teria imaginado que se tratava de fugitivos acusados da ação em Bacabal.

Desaparecido

O motorista Obadias Pereira da Silva, do caminhão Mercedes Benz, de placas JJC-0942, que foi incendiado em uma estrada vicinal durante a fuga da quadrilha que aterrorizou Bacabal ainda ontem estava desaparecido. Um dos familiares do caminhoneiro divulgou em rede social que a vítima tinha mantido contato com os parentes no último domingo e falou que estava na cidade de Bacabal. Eles disseram ainda que reconheceram o caminhão na reportagem na televisão.

Ação criminosa

Na noite do último domingo, um grupo composto por cerca de 30 criminosos invadiu Bacabal. De acordo com a polícia, eles explodiram o cofre do Banco do Brasil, incendiaram sete veículos, metralharam a delegacia regional da cidade e o quartel da Polícia Militar, trocaram tiros com policiais e fizeram dezenas de moradores reféns.

Na ação criminosa, três bandidos morreram e foram identificados como Edielson Francisco Lumes (da Bahia), Warley dos Reis Souza (do Pará) e Gean Martins Rocha (de Tocantins) e foi baleado e morto o morador da cidade, Cleonir Borges Araújo.

O secretário de Segurança Pública, delegado Jefferson Portela, afirmou que essa ação criminosa foi coordenada por José Francisco Lumes, o Zé de Lessa, procurado da Polícia Federal (PF) e que estaria foragido no Uruguai. Ele é chefe de um dos bandos mais violento da Bahia, conhecido como Bonde do Maluco (BDM).

Ainda de acordo com o secretário, o soldado do Corpo de Bombeiros Militar, Luís Gustavo Lima Mendes, e o soldado da Polícia Militar do Piauí, André dos Anjos de Sousa, foram presos em companhia de sete pessoas sob acusação de terem furtado dinheiro deixado pelos bandidos. O policial do Piauí foi liberado ontem após audiência de custódia, mas vai ser investigado pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic). Funcionários do Banco do Brasil também serão chamados para depor por não terem pedido apoio à SSP, já que havia um volume grande de dinheiro na agência.

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