LONDRES - A União Europeia e o Reino Unido chegaram a um acordo sobre os termos do Brexit que será apresentado pela primeira-ministra Theresa May a seus principais ministros hoje, 14, informou a rede BBC. Embora seja o primeiro passo definitivo em direção à saída do bloco europeu, ainda não está claro se May conseguirá que qualquer acordo seja aprovado no Parlamento britânico.

“Fontes confirmaram que o texto da separação da EU foi acordado num nível técnico”, afirmou em sua conta no Twitter a editora de Política da BBC, Laura Kuenssberg nesta terça-feira. “O Gabinete se reunirá amanhã (quarta-feira) no começo da tarde... a confirmação oficial deve vir em breve.”

“Ministros estão sendo chamados um a uma para encontros com a primeira-ministra antes da reunião geral de amanhã para confirmar o acordo do Brexit. O objetivo final está começando a virar verdade”, publico Tom Newton Dunn, editor de Política do diário “The Sun”.

A notícia também foi divulgada pela TV estatal da Irlanda. Fontes ouvidas pela RTE afirmam que o acordo é “o mais sólido possível”, mas ao mesmo tempo destacou que seria incorreto dizer que as negociações do Brexit teriam sido “concluídas”.

Controles de fronteira

De acordo com a emissora, haverá uma política para evitar o retorno dos controles na fronteira entre a Irlanda do Norte, pertencente ao Reino Unido, e a República da Irlanda, membro da UE. Com a saída do bloco, a fronteira que divide as Irlandas se torna a única fronteira terrestre entre o país e a UE. O Reino Unido deve apresentar um acordo especial aduaneiro para a Irlanda do Norte, com regras mais alinhadas às do mercado europeu do que ao resto do país. Além disso, há um acordo para a criação de um mecanismo especial de revisão, que leva em conta as muitas “questões pendentes” entre Londres e Bruxelas.

A UE e o Reino Unido buscam um acordo para manter as relações comerciais entre o maior mercado comercial do planeta e a quinta maior economia do mundo. May lutou para desfazer 46 anos de permanência na UE sem atingir o comércio ou desagradar em demasiado parlamentares que terão que decidir o futuro de qualquer acordo que ela consiga garantir.

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