Eleição 2018

Reforma no governo Dino pode garantir mandatos a suplentes

Pelo menos três suplentes das coligações do grupo do governador esperam que o comunista abra espaço para os titulares no primeiro escalão da gestão estadual

Gilberto Léda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Edivaldo Holanda é 1º suplente na Assembleia
Edivaldo Holanda é 1º suplente na Assembleia (Edivaldo holanda)

Gilberto Léda
Da editoria de Política

Aliados do governador Flávio Dino (PCdoB) que disputaram as eleições deste ano, mas não conseguiram se eleger, apostam em uma reforma administrativa para garantir mandatos na Câmara dos Deputados ou na Assembleia Legislativa.
Vivem essa expectativa, mais diretamente, pelo menos dois suplentes de deputado federal – Simplício Araújo (SD) e Gastão Vieira (PROS) – e o atual deputado estadual Edivaldo Holanda (PTC).
Simplício e Gastão obtiveram, respectivamente, 74.058 e 57.864 votos, ficando como dois primeiros suplentes da coligação “Todos pelo Maranhão 1” para a Câmara Federal.
Nesse cenário, torcem para Dino chamar algum dos titulares para assumir, ou reassumir, postos no Governo do Maranhão. São cogitados Márcio Jerry (PCdoB), Pedro Lucas (PTB) e Bira do Pindaré (PSB).
Nesta semana, Jerry - homem forte da primeira gestão comunista - já declarou que está pronto a atender algum chamamento do chefe do Executivo, embora não esconda a intenção de cumprir o mandato em Brasília.
“Devo ficar em Brasília, mas sou soldado e faço o que for melhor para o nosso grupo”, afirmou.

Manutenção
Na Assembleia, a mexida de peças no governo teria como objetivo manter na Casa o deputado Edivaldo Holanda, pai do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT).
O petecista encerra neste ano o seu mandato e não conseguiu reeleição. Acabou ficando como primeiro suplente da sua coligação, tendo obtido 32.916 votos.
Assim, pode acabar sendo beneficiado caso Flávio Dino chame de volta algum dos secretários que se elegeram deputados estaduais.
Nesse caso, a lista é maior: Marcelo Tavares (ex-Casa Civil); Márcio Honaiser (ex-Agricultura); Duarte Júnior (ex-Procon); Neto Evangelista (ex-Sedes) e Adelmo Soares (ex-Sagrima), todos conseguiram eleger-se e estão na mesma coligação de Holanda. Se um sair, ele entra.

Decisões judiciais também podem alterar bancadas

Além de uma esperada reforma administrativa a ser promovida pelo governador Flávio Dino (PCdoB), decisões judiciais ainda podem determinar mudanças tanto na nova composição da Câmara Federal, quanto da Assembleia Legislativa.
A questão gira em torno do sistema proporcional. O atual resultado leva em conta apenas os votos válidos. Mas há candidatos que concorreram sub judice, com os registros indeferidos, mas pendentes de julgamento de recursos.
Se conseguirem reverter as decisões do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) na instância superior, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os postulantes a cargos proporcionais terão seus votos contabilizados e alguns deles poderão ajudar seus partidos ou coligações a atingir o quociente eleitoral, tirando vaga de um deputado já eleito.
Um dos candidatos nessa situação é o deputado estadual Hemetério Weba (PP). Ele tentou a reeleição, mas teve o registro indeferido, em virtude de condenação por improbidade. Com isso, seus 32.328 votos não contaram.
Se conseguir uma decisão favorável, a votação é validada e proporciona uma vaga a mais a sua coligação, que ficaria, então, com o também deputado Edivaldo Holanda (PDT), que obteve 32.916 votos e ficou na primeira suplência. Nesse caso, perde a vaga Pastor Cavalcante (PROS), com 29.366 votos.
Há ainda uma segunda possibilidade no Legislativo estadual: o petista Sayd Zaidan teve anulados seus 1.780 votos, mas se conseguir deferir o registro no TSE, garante vaga a Luiz Henrique, também do PT, que conseguiu 18.722 votos. Assim, quem sai é Ricardo Rios (PDT), que obteve 33.202 votos.
Na Câmara Federal, a expectativa fica por conta da votação do ex-deputado estadual Ricardo Murad (PRP). Se ele conseguir validar seus 23.320 votos, Wolmer Araújo (PV), com 64.619 votos, assume uma vaga, e cai Juscelino Filho (DEM), que terminou a eleição com 97.075.

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