Forte sol na Ilha

“Calorão” deve se manter, segundo meteorologistas

Previsão do Núcleo de Meteorologia da Uema é de que as médias da cidade aumentarão nas próximas semanas; chuvas devem se manter esporádicas

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Para se proteger dos raios solares, as pessoas usam o que têm na mão e até a sombra do poste; calor permanece
Para se proteger dos raios solares, as pessoas usam o que têm na mão e até a sombra do poste; calor permanece (sol)

O calor forte registrado nas últimas semanas em São Luís, em especial, incomoda quem precisa especialmente se expor ao sol diariamente pelas ruas e avenidas da cidade. A previsão do Núcleo de Meteorologia da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) é de manutenção das altas temperaturas nas próximas semanas. De acordo com os especialistas, o registro de chuvas na cidade deverá ocorrer apenas de forma esporádica.

Em vários espaços públicos da Ilha, como em paradas de ônibus, por exemplo, é possível ver a população tentando minimizar os efeitos dos raios solares. Nos locais em que o abrigo não é suficiente para fazer sombra aos usuários, resta usar o poste para a proteção. “Eu normalmente fico aqui atrás do poste para me proteger, mas, mesmo assim, está insuportável este calor”, disse Rosângela Alves, doméstica, que estava esperando um coletivo em um abrigo na Avenida Marechal Castelo Branco, no São Francisco, às 14h de ontem. A temperatura era de 33 ºC à sombra, naquele momento.

Se nem a proteção do poste for suficiente, outras soluções criativas são usadas. Uma delas é usar as bolsas pessoais - em especial, no caso das mulheres - para diminuir a incidência dos raios ultravioleta. “Eu costumo passar um protetor solar e também me proteger com a bolsa [sobre a cabeça]”, disse Marcos Pereira, contador, que estava caminhando pela Avenida Colares Moreira às 14h30 de ontem (17), debaixo de sol forte.

Outra solução usada por cidadãos para evitar os efeitos nocivos do calor é consumir água com frequência maior. De acordo com os médicos, dependendo da temperatura, recomenda-se a ingestão de até três litros de água por dia. “Eu tenho a minha garrafinha, mas, como não é térmica, fica quente rapidamente. Aí, o jeito é encostar às vezes em uma repartição somente para carregar a garrafa ou mesmo pedir uma água. Ou comprar uma quando for o caso”, disse José Roberto, autônomo e que caminha da residência para o local de trabalho diariamente.

Ganhando dinheiro com o calor
Vendedores de produtos, como água mineral e sorvetes, faturam com as altas temperaturas. Segundo alguns comerciantes, as vendas aumentaram em até 30% no último mês. “Por mim, a temperatura pode continuar alta”, disse seu João CArlos, vendedor de água do Centro.

Outro item comum neste período é o guarda-chuva que, em dias de sol, é usado como protetor dos raios solares. Nas ruas, é comum ver pessoas usando o acessório.

Especialistas
Estudos do Núcleo de Meteorologia da Uema apontavam no início do segundo semestre deste ano que a partir de agosto começaria o chamado “período seco” que, para a região do estado do Maranhão, é caracterizado pela escassez de chuvas e fortes temperaturas. De acordo com os especialistas, a região centro-norte do estado - onde está a Ilha - seria a mais atingida.

Por causa da elevação nos índices de calor, aumentam os casos de queimadas no estado. O Maranhão é um dos cinco territórios do país com maior número de registros de focos de incêndio. Segundo a Uema, a previsão é que o tempo seco na Ilha perdure até dezembro, quando começarão a ser registradas chuvas mais intensas.

Índices
Se São Luís registrou, de acordo com a Uema, 4,2 milímetros de chuva em outubro deste ano, outras cidades como São Felix de Balsas apresenta índice pluviométrico de 78,8 milímetros de chuva no mesmo período.

Números

4,2 milímetros é o índice de chuva registrado até o momento na capital maranhense em outubro deste ano
78,8 milímetros foram registrados em São Felix de Balsas no décimo mês do ano

Fonte: Nugeo da Universidade Estadual do Maranhão

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