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Alerta meteorológico no MA indica transição para a estação de chuvas

Núcleo Geoambiental da Uema informou que o centro-norte continua no período de estiagem e que no sul, região onde houve sinalização do INMET de possível precipitação, a temporada chuvosa já começou

Kethlen Mata

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Comércio de sombrinhas e guarda-chuvas já está aquecido na capital com a transição para o período chuvoso
Comércio de sombrinhas e guarda-chuvas já está aquecido na capital com a transição para o período chuvoso (sombrinhas)

São Luís – O período de estiagem no Maranhão pode variar em cada região, porém, geralmente compreende o mês de julho e vai até dezembro. No último dia 3, uma forte e rápida chuva atingiu a capital São Luís, no dia seguinte, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), alertou para uma possibilidade de fortes chuvas na Pré-Amazônia maranhense, incluindo as regiões sudoeste e central do estado, e também o cerrado maranhense. Segundo o Laboratório de Meteorologia (LabMet), do Núcleo Geoambiental da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), novembro é um mês de transição entre o período seco e o período chuvoso.

O aviso publicado pelo INMET se encerrou nesta quinta-feira, 5, se tratava de um alerta laranja (chuvas intensas e grau de severidade: perigo). De acordo com o instituto, choveria entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, além de ventos intensos (60-100 km/h). O alerta também ressaltou sobre o risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas. O chefe do LabMet, Gunter de Azevedo, o setor centro-norte do estado ainda está dentro da estação seca, porém, no sul (uma das regiões de alerta de perigo), o período chuvoso já começou.

Ele explicou para O Estado, que na verdade, foram dois sistemas de transição que provocaram as chuvas em São Luís. “Foi a atuação de dois sistemas meteorológicos, um chamado de cavato que seria um alongamento parecido com uma crista”. Segundo ele, o cavato acontece quando um campo de vento não chega a formar um centro de baixa pressão, mas tem uma redução na pressão, assim ele provoca um alongamento característico, que dependendo da região, pode provocar áreas de instabilidade, formação de nuvens e consequentemente chuva.

“Associado ao cavato, nós tínhamos também a atuação de um vórtice ciclônico de altos níveis, que são ventos com uma velocidade mais forte, em torno de 10 km, no seu centro [do vórtice] ele inibe a formação de chuvas, entretanto, na periferia desse círculo, ele arrasta esse umidade provocando áreas de instabilidade”, concluiu ele.

Comércio se prepara

Quando o período chuvoso se inicia no Maranhão uma coisa é certa, todos precisam correr para garantir seus guarda-chuvas, mesmo que o período ainda não tenha realmente se iniciado em São Luís, muitas pessoas já estão garantindo o acessório. O Estado, passou pelas principais ruas do centro da cidade, e verificou que o movimento de vendedores de sombrinhas já se intensificou, e ver pessoas com o guarda-chuva debaixo do braço.

Edson Otávio, que trabalha há quase um ano em uma loja na Rua de Santana, conta que nesta quinta-feira, o movimento atrás de sombrinhas já aumentou. Ele ressaltou que os preços estão em conta e que tem guarda-chuva pra todo mundo. Edson está com uma grande expectativa de vendas para este ano e já encomendou uma nova remessa. “Vai vir mais”, afirmou.

Há também quem compre o acessório para revender em outras regiões do estado. Fátima Lima é mais uma maranhense que se viu obrigada a empreender durante a crise sanitária. “Como vai chegar o período chuvoso, aí eu tenho um comércio, coloco lá pra vender”, disse a mulher, enquanto escolhia os modelos que levaria para a viagem.

“Às vezes o cliente chega pra comprar e tá chovendo, já tem a sombrinha. Eu procuro comprar a mais barata pra vender mais barato também para os meus clientes”, completou. Fátima saiu de Bacabal para garantir a compra.

Chuva de granizo

Na região do Vale do Pindaré, os moradores do povoado Maria Ferreira, localizado na zona rural do município de Santa Luzia, foram surpreendidos na tarde desta segunda-feira, 2, com uma chuva de granizo.

Os moradores perceberam que o som das gotas da chuva batendo nos telhados estava estranho e foram ver o que era, foi quando eles perceberam que se tratava de uma chuva de granizo.

Não foi a primeira vez que o fenômeno aconteceu na região do Vale do Pindaré. Por volta de 1996 e 1997 houve uma chuva de granizo na zona rural do município de Santa Inês.

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