Eleições 2018

Maranhão não elege nenhuma mulher para a próxima legislatura na Câmara

Bancada feminina tem duas representantes na atual composição: Eliziane Gama elegeu-se senadora e Luana Costa não atingiu votação

Gilberto Léda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
(camara)

A eleição deste ano marcou o fim da representatividade feminina na bancada maranhense na Câmara dos Deputados. Finalizada a apuração dos votos, constatou-se que o eleitor do Maranhão não elegeu nenhuma mulher para a próxima legislatura, que se inicia em 2019.

Até o fim de 2018, seguem no mandato as deputadas Eliziane Gama (PPS) e Luana Costa (PSC). A popular socialista não tentou a reeleição porque preferiu candidatar-se a senadora.

Já Luana até tentou reeleger-se – e foi ainda a melhor colocada entre as mulheres -, mas ficou longe de conseguir uma das vagas.

Com 31.966 votos, ela ficou apenas em 28º lugar no geral, e apenas em 6º na sua coligação, que elegeu três deputados – Edilázio Júnior (PSD), Hildo Rocha (MDB) e João Marcelo (MDB) -, o que a deixou na terceira suplência, sem perspectiva efetiva de assumir o mandato em algum momento.

Depois dela, a mais bem votada foi a Professora Fran, do PT, com 8.652 votos.

Contramão – O resultado da eleição para a bancada feminina no Maranhão vai na contramão do registrado na Câmara dos Deputados de uma forma geral.

Segundo levantamento da Agência Senado, bancada aumentou de 51 para 77 deputadas. Elas somam, agora, 15% naquela Casa. A porcentagem é semelhante a atual no Senado, em que as mulheres representam apenas 16% das vagas ocupadas. A presença feminina também é menor nas indicações de suplência. Dos 54 senadores eleitos e dentre seus 108 suplentes escolhidos, as mulheres são cerca de 30% dos nomes listados para os cargos de primeiros e segundo suplentes.

Já no Senado, a bancada de mulheres para os próximos quatro anos também pode ser menor do que a atual. Com sete senadoras eleitas – dentre elas a maranhense Eliziane Gama - e uma vaga de suplente assumida, a Casa terá doze senadoras, uma a menos do que o grupo atual. O número pode aumentar e se igualar ao atual, caso a senadora Fátima Bezerra (PT), que disputa o segundo turno para o governo do Rio Grande do Norte, não seja eleita e retorne à Casa para o restante do seu mandato.

As candidaturas femininas foram 62 das 353 totais em disputa para o Senado. O número de mulheres que concorreram por uma vaga em 2018 foi maior do que nas duas últimas eleições. Ainda assim, nenhuma mulher foi eleita para a Casa em 20 estados – em três deles, Acre, Bahia e Tocantins, não houve sequer candidatas. As sete senadoras eleitas representam apenas 13% dos eleitos para o cargo. O número de eleitas é igual ao das eleições de 2010, a última em que dois terços do Senado foram renovados.

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