Solidariedade

Setembro Verde: panfletagem chama atenção para a doação de órgãos

Sob a coordenação da Central Estadual de Transplantes, equipe desenvolveu a ação na Avenida Litorânea, com a presença de pessoas transplantadas, para atrair mais doadores na capital

Evandro Júnior / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

Marcando o encerramento da campanha Setembro Verde, uma equipe coordenada pela Central Estadual de Transplantes realizou, sábado à tarde, ação na Avenida Litorânea, para chamar a atenção da população sobre a importância da doação de órgãos. A programação ocorreu durante todo o mês de setembro e incluiu atividades nas universidades, com aulas sobre o tema para alguns cursos. Uma das ações foi realizada no Espigão Costeira da Ponta d’Areia.

Segundo a médica Maria Inês Oliveira, coordenadora da Central Estadual de Transplantes, as ações incluíram palestras e cursos. “Hoje, estamos fazendo uma panfletagem aqui na Avenida Litorânea, com a participação de pessoas transplantadas. Ao longo dos últimos três anos, temos percebido que, apesar do índice de negativa familiar sempre muito expressivo, esse tema já vem sendo mais discutido e, aos poucos, vai deixando de ser um tabu. Inclusive nos meios de discussão educacional, já vemos essa temática sendo abordada. Este ano, tivemos a grata satisfação de ver instituições organizando movimentos em prol da doação de órgãos”, destacou a médica.

Gláucia Suênia Miranda, que é transplantada, estava participando da panfletagem. Ela contou que tinha 18 anos quando descobriu que era doente renal crônica e, por essa razão, precisou submeter-se a dois anos de tratamento de hemodiálise, sendo que, em 2015, foi contemplada com a doação. “O alívio de fazer o transplante é que você não precisa mais tomar água de forma restrita, melhorando sua qualidade de vida. Passei seis meses na fila de espera, mas muita gente não tem a mesma sorte. Gostaria de pedir às pessoas para dizerem ‘sim’ à doação de órgão, pois é muito importante para uma vida”, frisou.

Quem também participou foi Fabiane Ribeiro, levando sua história de vida para a Avenida Litorânea. “No meu caso, foram sete meses de espera e dois anos e sete meses de hemodiálise. Hoje, me sinto feliz e sei o quanto é importante a doação de órgãos”, disse.

Este ano, o Brasil registrou um aumento de 7% nas doações de órgãos, no primeiro semestre, segundo o Ministério da Saúde. O número de doações subiu de 1.653 para 1.765 em comparação com o mesmo período do ano passado. Por causa desses número, o órgão projetou um recorde no número de transplantes realizados no Brasil.

A expectativa é que sejam feitos 26.400 transplantes no país até o fim de 2018. O Ministério espera alcançar recorde nos transplantes de fígado (2.222), pulmão (130) e coração (382) até o final de 2018. Os transplantes de medula óssea também podem alcançar seu maior número na série histórica (2.684).

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