Eleições

Sabatina: Ramon Zapata classifica de farsa o programa Escola Digna

Candidato a governador pelo PSTU foi o primeiro entrevistado na sabatina, conduzida pelos jornalistas Marco D’Eça, Carla Lima e Gilberto Léda; socialista falou em revolução trabalhista

Ronaldo Rocha da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Ramon Zapata foi o primeiro entrevistado no programa Sabatina O Estado
Ramon Zapata foi o primeiro entrevistado no programa Sabatina O Estado (Ramon Zapata (PSTU))

O candidato ao Governo do Maranhão pelo PSTU, Ramon Zapata, classificou de farsa o programa “Escola Digna”, da gestão Flávio Dino (PCdoB), e que tem por finalidade a reforma, a readequação e a construção de escolas no estado.

O socialista, que é professor da rede pública estadual de ensino, afirmou que o modelo de educação instituído no estado é atrasado, rechaçou o discurso de que os professores do Maranhão possuem o maior salário do Brasil e criticou o aparelhamento político do PCdoB no Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sinproesemma) do estado.

Zapata também criticou o sistema capitalista, defendeu a proposta de revolução trabalhista pelo PSTU e falou sobre temas como Cultura e Segurança Pública. Os temas foram definidos em sorteio, realizado pelo próprio candidato.

“Escola Digna é uma farsa”, afirmou, ao analisar a situação da educação estadual.

“O problema é que a nossa escola é atrasada”, completou.

Zapata afirmou que apesar do nome do programa “Escola Digna”, em alguns casos são os próprios professores quem precisar investir recursos para promover uma educação de qualidade aos estudantes da rede estadual de ensino.

“Que escola digna é essa que eu é quem tenho de comprar pincel para dar aula?”, ironizou.

O candidato também desmentiu o discurso do Governo de que o Maranhão é quem paga os maiores salários a professores da rede pública.

“É uma inverdade, de todos os governos, que professor estadual tem o melhor salário do Brasil. Eu sou professor há 20 anos e o meu salário é de R$ 2.500,00”, afirmou.

Ramon Zapata também repudiou a postura adotada pela direção do Sinproesemma, que segundo ele, foi aparelhado pelo PCdoB.

“A direção ao sindicato dos professores é traidora. E é até por isso que o sindicato tem caído num descrédito. Os professores estão cansados de tanto bater com a mão na ponta da faca”, completou.

Na eleição de 2016 o então presidente do sindicato, Júlio Pinheiro, filiado ao PCdoB, foi eleito vice-prefeito na chapa de Edivaldo Holanda Júnior.

Conselhos – Ramon Zapata também defendeu a implementação de políticas públicas por meio da instituição de conselhos populares, defendeu uma revolução do campo em favor de negros, índios, pobres e trabalhadores.

Ele também defendeu a redução da população carcerária, sob a justificativa de que boa parte dos presos nem deveriam estar encarcerados no estado [sobretudo aqueles com problemas por causa de furtos e drogas], falou na unificação das polícias e no maior investimento em inteligência na segurança pública.

Ramon Zapata também apontou uma série de números durante a sabatina. Falou que 2/3 da humanidade vive na pobreza. No Brasil, ele apontou 70 milhões de desempregados, número acima do registrado em dados oficiais. “Esse dado não é mostrado pelo IBGE porque o instituto mostra penas aqueles que estão em busca de emprego. Mas, muitos já até desistiram. Temos hoje duas ‘argentinas’ sem emprego em nosso território”, pontuou.

Saiba Mais

No programa de hoje o candidato do PSOL, Odívio Neto será o entrevistado pelos jornalistas de O Estado. A sabatina começa às 10h e tem uma hora ininterrupta de bate-papo. O programa é transmitido ao vivo pelo site de O Estado e os internautas podem participar com perguntas enviadas pelo twitter com a hashtag #SabatinaOEstado.

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