Problemas

Funcionários da Funac denunciam atrasos salariais

Mesmo após um acordo feito entre a Funac e os funcionários, a situação se repete; adicionais de periculosidade é pago, somente, a alguns funcionários

MONALISA BENAVENUTO / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Servidores de unidades da Funac reclamam de descaso do governo
Servidores de unidades da Funac reclamam de descaso do governo (Unidade da Funac)

SÃO LUÍS - Baixos salários, sem adicionais e pagamentos com atraso. É essa a realidade de funcionários das unidades da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac) do Maranhão. De acordo com o sindicato dos servidores, a categoria tem dificuldades em manter o diálogo com o Governo do Estado que, mês após mês, descumpre os prazos de pagamento.

O trabalho de agentes socioeducativos e administrativos da Funac tem se tornado ainda mais difícil. Isso porque, além dos riscos enfrentados diariamente, os funcionários contratados precisam lidar com os problemas de pagamentos salariais.

Em março deste ano, o Sindisfunac ( Sindicato dos Servidores da Fundação da Criança e do Adolescente) emitiu nota manifestando sua indignação a respeito dos problemas de pagamento enfrentados por nove servidores, sendo dois efetivos e sete comissionados. O sindicato foi informado de que a situação era resultado de problemas de cadastro bancário e após dias de questionamentos e reclamações o problema foi solucionado, no entanto, sempre se repetindo nos meses posteriores, segundo Manoel Rabelo, presidente do Sindisfunac.

“O acordado entre os contratados e a Funac é de que o dinheiro esteja na conta dia cinco de cada mês, mas sempre há uma desculpa”, relatou Manoel Rabelo.

Neste mês, o pagamento, que deveria estar disponível nas contas dos funcionários desde o quinto dia útil do mês, prazo máximo para o repasse, só foi realizado no início da tarde de ontem, 13, após reclamações do sindicato que representa 987 servidores, sendo 250 efetivados e 172 cargos comissionados e 565 contratados.

Além da questão relacionada ao atraso no pagamento, os funcionários, que recebem entre R$ 1.000,00 e R$ 1.400,00, não recebem auxílio alimentação, plano de saúde nem mesmo adicional de periculosidade, mesmo diante das péssimas condições de trabalho, riscos de morte e frequentes rebeliões organizadas pelos internos. O sindicato busca as melhorias, mas tem dificuldade em discutir o assunto com o Governo do Estado.

“O Sindisfunac faz parte do Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo, que é uma união de vários sindicatos e associações. O governo não responde às demandas gerais do fórum, imagine o nosso sindicato que é pequeno. Esse governo não faz questão alguma de ter diálogo com os servidores. Nós queremos a extensão da insalubridade para todos os servidores, pois só alguns recebem. Vamos ainda pleitear o auxílio alimentação, o que vai ser muito complicado, mas vamos tentar”, ressaltou o presidente do Sindisfunac.

O Estado manteve contato com o Governo do Estado para obter informações sobre os motivos dos atrasos nos salários dos funcionários, mas, até o fechamento desta edição, não obteve retorno.

Frase

"Esse governo não faz questão alguma de ter diálogo com os servidores"

Manoel Rabelo

Presidente do Sindisfunac

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