Violência

Um assalto a ônibus por dia, em média, na Grande Ilha

Dados fazem referência ao mês de julho; Centro, Monte Castelo, Anil e São Cristóvão têm mais casos

Daniel Júnior / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

A Região Metropolitana de São Luís registrou, em média, um assalto a ônibus por dia, durante o mês de julho de 2018, de acordo com dados do Batalhão Tiradentes, da Polícia Militar. No período, foram registrados 33 assaltos a coletivos nessa área, que é composta pela capital, São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar. Em julho do ano passado, foram contabilizadas 44 ocorrências desse tipo, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET). Uma média de 1,5 por dia, aproximadamente.

O centro de São Luís, Monte Castelo, Anil, Santo Antônio e São Cristóvão são os bairros onde mais ocorrem assaltos a coletivos, de acordo com informações do Batalhão Tiradentes. Desses 33 assaltos, 16 foram executados com o auxílio de arma branca, 10 com emprego de arma de fogo e sete as vítimas não conseguiram identificar. Rawlinson, capitão subcomandante do Batalhão Tiradentes e chefe do Setor Operacional, explica como são realizadas as abordagens nos ônibus, para inibir casos de violência.

“Primeiro, identificamos em quais localidades estão mais acontecendo os assaltos. Dispomos de viaturas e fazemos barreiras. Entramos nos veículos e examinamos o que há nas bolsas e roupas dos passageiros. Vale destacar que as passageiras só devem ser abordadas por policiais do sexo feminino. Caso não haja no bloqueio, apenas as bolsas delas são verificadas pelos policiais”, ressaltou Rawlinson.

Ainda segundo dados do Batalhão Tiradentes, de janeiro a junho deste ano foram contabilizados 290 assaltos a ônibus na Grande Ilha. Já no primeiro semestre de 2017, ocorreram 382 casos.

Confronto de informações
O Estado
indagou o Batalhão Tiradentes quanto aos dados do primeiro semestre de 2018 estarem abaixo do número comunicado pelo Sindicato das Empresas Transporte de Passageiros de São Luís (SET), que coletou 322 assaltos no mesmo período.

“A cada assalto a ônibus geramos um dado, mesmo que cada passageiro também registre Boletim de Ocorrência (BO). Já o SET contabiliza todos os boletins da ação, que vai da empresa às vítimas”, esclareceu o capitão Rawlison.

Prejuízo
Luís Cláudio Andrade Siqueira, superintendente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), disse, em reportagem publicada dia 5 de julho, que os passageiros são os que têm mais prejuízos, quando ocorre um assalto a ônibus.

“O maior prejuízo é dos passageiros, pois eles têm seus pertences, como bolsas, celulares, entre outros, roubados. Essas ações não causam tantos impactos aos caixas das empresas, porque atualmente os passageiros utilizam mais cartão e não há tanto dinheiro acumulado nos coletivos. O sistema de transporte perde, porque, com receio de assaltos, muitos passageiros estão aderindo a meios alternativos de locomoção”, revelou Luís Cláudio Andrade Siqueira, superintendente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET).

SAIBA MAIS

Para que os assaltantes não tomem conhecimento dos locais onde a Polícia Militar mais atua com bloqueios, o chefe do setor operacional do Batalhão Tiradentes revelou que omite informações de em quais avenidas exatamente acontecem o maior número de assaltos.

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