Documentário de José Louzeiro no Rio
Foi bastante prestigiado o lançamento do filme-documentário “José Louzeiro: Depois da Luta”, realizado no último sábado, na Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
O filme é dirigido pela cineasta maranhense Maria Thereza Soares e tem pesquisa da jornalista Bruna Castelo Branco.
O lançamento contou com a presença de jornalistas, cineastas e atores que trabalharam com José Louzeiro.
Após a exibição, houve debate sobre a obra, com a participação do produtor de cinema Roberto Mendes, e o público ainda conferiu uma exposição
sobre as obras de Louzeiro.
A atriz Elliane Narduchi, que estrelou a novela “Corpo Santo”, da TV Manchete, de autoria de José Louzeiro, também prestigiou o evento.
Resgate de nossas vidas
Não sou a única pessoa a pensar nas sombras em que todos nós nos vimos submersos nas últimas semanas com os 12 adolescentes e seu treinador presos na caverna de Tham Luang, na Tailândia.
Foram 17 dias em que só podíamos torcer e orar, acreditar e confiar.
A seleção de seres humanos de todo o universo se viu abduzida do mundo das seleções de futebol da Copa do Mundo. Ficamos à mercê da insegurança que viviam os Javalis e seu técnico, lutando por suas vidas.
A serviço de nosso próprio resgate saímos das sombras, das cavernas amorfas e bem nutridas, tão rápido quanto se é possível pensar ao tentar salvar uma
pessoa, um igual.
Venceu o time dos homens unidos pelo bem maior.
Espião verde
Uma dupla de agricultores na Espanha decidiu enfrentar de um jeito diferente os frequentes roubos que vinha sofrendo em sua plantação de azeitonas: usando frutos artificiais rastreáveis como iscas.
O grão verde, feito de silicone e borracha, tem um pequeno ponto de identificação com frequência de rádio que permite o rastreamento dos ladrões.
Não há o que não haja.
Descrença?
Um dado interessante trazido pela agência Estado: o eleitorado feminino é hoje o responsável pela maioria dos votos brancos e nulos declarados em pesquisas de intenção de voto para presidente da República nas eleições 2018.
Segundo recorte feito pelo Ibope, seis em cada dez eleitores dispostos a não votar nos pré-candidatos apresentados são mulheres na faixa etária dos 35 aos 44 anos, desiludidas com os recorrentes escândalos de corrupção envolvendo a classe política e preocupadas com o rumo
da economia.
Talvez essa descrença justifique a reduzida presença de mulheres no Congresso Nacional. Segundo dados compilados pela Inter-Parliamentary Union – uma associação dos legislativos nacionais de todo o mundo – no Brasil, pouco mais de 10% dos deputados federais são mulheres.
Noite animada
As noites no IT Gourmet estão cada vez mais concorridas e bem frequentadas.
No fim de semana, muita gente de charme de nossa sociedade foi vista circulando por lá e elogiando os deliciosos quitutes criados por Soraia Fialho.
No sábado, a maior mesa reunia Cida e José Aparecido Valadão com Ana Lúcia e Amaro Santana Leite e Rose e Eli Medeiros.
Também circularam pelo agradável local, Silvana e João Abreu com a linda neta. Em outra mesa, Raimunda Holanda com a filha Cristiana, entre muitos outros.
Concerto de violino no TAA
O Teatro Arthur Azevedo receberá, amanhã, às 20h30, o violinista italiano Matteo Cossu, que apresentará um concerto especial em benefício das Obras Sociais Frei Sinibaldi. O evento é uma iniciativa da Associação Cultural Ítalo-Brasileira no Maranhão e contará com a participação do Coral Madrigal Santa Cecília.
Matteo Cossu está no Maranhão para conhecer os Lençóis Maranhenses.
O concerto desta terça-feira é coordenado pelo Prof. Mario Cella.
TRIVIAL VARIADO
No PH Revista do último fim de semana me despedi dos comentários sobre futebol, pelo menos nos próximos quatro anos e meio, quando teremos a Copa de Catar. Diante dos resultados do sábado e do domingo, a coluna não teve como fugir do assunto.
Depois de terem gravado duas novas músicas após 35 anos separados, os integrantes da banda sueca ABBA confirmaram o que os fãs já temiam: não pretendem lançar novo disco.
Alguns semáforos da Capital estão funcionando sem sincronia. E não é de hoje. Essa situação causa perda de tempo, gasto extra de combustível e danos à saúde dos motoristas e pedestres.
No assunto: o aumento do estresse provoca perda da qualidade de vida. Em algumas ruas, quando o sinal fica verde para o motorista, antes de percorrer 200 metros já fica vermelho!
Com o tema “Um olhar artístico para a nossa cidade”, a Galeria Urban Arts está com inscrições abertas, até o dia 22 de julho, para chamada criativa. A iniciativa promove a valorização dos profissionais da fotografia e destaca as belezas das cidades brasileiras.
Em tempo: os trabalhos aprovados participarão de exposições nas galerias espalhadas pelo Brasil.
A Petrobras reduziu sábado o preço da gasolina nas refinarias em 1,75 por cento, com base no mercado internacional. Não significa vantagem aos consumidores, porque o preço é definido pelos proprietários dos postos. Quer dizer, a estatal
lava as mãos.
Quem não tem veículo também sente os efeitos em tudo o que consome. O preço do gás de cozinha, que teve aumentos sucessivos, e o transporte público mais caro são exemplos dos equívocos das revisões quase que diárias da Petrobras.
Começará na próxima sexta-feira e irá até 5 de agosto o prazo para as convenções que escolherão os candidatos a presidente e vice da República, governadores, senadores, deputados federais
e estaduais.
A propaganda eleitoral no rádio e na televisão terá início a 31 de agosto e terminará a 4 de outubro. O período foi reduzido de 45
para 35 dias.
O Mundial deixa uma lição: disputam a final as equipes que levam a bola com rapidez da defesa ao ataque. Vale para a vida pública. A lentidão, a falta de concentração e as jogadas para os lados ou recuos determinam derrotas.
DE RELANCE
Na Copa das zebras
O mundo é bleu. O triunfo da eficiência. Assim pode ser definida a conquista do bicampeonato mundial pela França, que mesmo sem empolgar venceu a Croácia na decisão da Copa em Moscou. Argentina e Uruguai agora têm companhia chique. Na Copa das zebras, a França não será lembrada pelo futebol superior ao dos adversários. Mas pela fatalidade. Assim mesmo, a campeã mundial do Iluminismo, do lema revolucionário “liberté, egalité, fraternité”, pátria dos direitos do mais genuíno humanismo, merece dançar e festejar o triunfo.
Sopro de esperança
Entre todos os 21 vencedores de Copa do Mundo desde 1930, talvez seja o resultado do último domingo o de menos brilho, mas não injusto. A Copa foi vencida por um time que não convenceu. De qualquer forma a Copa terminou com uma nova bicampeã, multirracial de muitas cores, ascendências e povos. O que não deixa de ser um sopro de esperança neste mundo de
tanta intolerância e violência.
De heróis e mártires
Em Paris, os heróis da Copa desfilaram ontem pela Champs-Élysées, rumo ao Arco do Triunfo. Um time jovem. Quase todos têm idade para a Copa de 2022, quando poderão ganhar e encantar no Catar. Já os croatas foram recebidos como mártires em Zagreb, após assinarem uma página épica na história do futebol. Dificilmente viverão outro ciclo mágico, já que sua seleção terá de ser renovada.
Os filhos da guerra
O que faz da seleção croata um grupo tão resistente, tão capaz de deixar tudo em campo, é uma união que também se forja na história recente. Alguns jogadores perderam familiares, outros nasceram como refugiados. Nenhuma seleção lutou tanto e por tanto tempo como a Croácia no Mundial da Rússia. Foram muitas batalhas para chegar à final de Moscou. Poderia ter sido de outra forma para uma geração de jogadores que nasceu das cinzas da guerra civil que desmembrou a Iugoslávia e chocou o mundo, no início dos anos de 1990? A unir ainda mais estreitamente esses jogadores estão os traumas do passado recente que viveram diretamente ou através do sofrimento dos seus familiares mais próximos.
Festa da Bélgica
Além de premiar Luka Modric como craque da Copa, a Fifa escolheu o belga Thibaut Courtois o melhor goleiro da competição. O camisa 1 dos Diabos Vermelhos, assim, coroou um Mundial inesquecível para sua seleção - e para a afamada ótima geração da Bélgica -, que deixou a Rússia em terceiro lugar, após vencer a Inglaterra por 2 a 0 no sábado, no melhor desempenho da equipe na história do torneio. Aliás, na Copa que passou, não houve um craque inquestionável. Estamos na era dos times. As grandes seleções não podem servir para levar ao Olimpo um único jogador.
A farra com bola parada
A 1ª Lei de Newton diz que um corpo parado tende a ficar parado. Os principais analistas garantem que o futebol tem cada vez menos espaços, está mais compacto, mais estreito. Assim, muitas vezes vence quem consegue tirar a bola da inércia com mais qualidade. No Mundial da Rússia, isso ficou ainda mais claro. Perto da metade dos gols (42,8%) teve origem em faltas, escanteios, pênaltis ou laterais. Dos 169 gols, 72 foram precedidos de um apito do árbitro
poucos segundos antes.
Cai mais um mito
Futebol é volátil e cíclico. E a Copa de 2018 encerrou a era de vitórias de quem tem mais posse de bola. A estratégia de controle aprimorada pela escola espanhola, inspirada no Barcelona, venceu as Eurocopas de 2008 e 2012 e o Mundial de 2010. Mas fracassou na Rússia. Dos 16 jogos do mata-mata, 10 foram vencidos por quem ficou menos com a bola. Inclusive a final, na qual a Croácia teve a posse por 61% do jogo (dados da Fifa). Os campeões mundiais tiveram menos controle em cinco das sete partidas disputadas na Rússia.
Daqui a 4 anos e meio
A espera para a próxima Copa do Mundo não será de quatro anos, como é o costume. Em 2022, o Mundial será disputado em novembro e dezembro. Essa é apenas uma das tantas mudanças necessárias para que o Catar, país localizado no Oriente Médio, receba o maior evento do esporte do planeta. Lá, apenas oito (belíssimos) estádios receberão os 64 jogos da Copa. Será o menor número de sedes desde 1978, na Copa da Argentina. Assim como há 40 anos, somente cinco cidades serão palco das partidas.
Para escrever na pedra:
“As esperanças são como as estrelas: brilham, mas não trazem luz; lindas, mas ninguém as alcança”.
De Coelho Neto, poeta maranhense.
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