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Todos no mesmo hotel

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30
A CANTORA portuguesa Kátia Aveiro, irmã do jogador Cristiano Ronaldo, considerado o maior do mundo, cantou em São Luís, realizada em junho do ano passado, juntamente com a cantora e amiga Mara Pavanelly
A CANTORA portuguesa Kátia Aveiro, irmã do jogador Cristiano Ronaldo, considerado o maior do mundo, cantou em São Luís, realizada em junho do ano passado, juntamente com a cantora e amiga Mara Pavanelly (PH01)

Deu empate no duelo entre América Latina e Europa na rodada do último sábado da Copa do Mundo na Rússia. Se a França eliminou a Argentina, o Uruguai eliminou Portugal. Isso quer dizer que Messi e Cristiano Ronaldo estão fora da Copa. Nessa disputa, também deu empate. Com pequena vantagem para o português pelos gols da primeira fase. Mas Cavani com seus belos gols bateu Cristiano. E continua vivo, apesar da contusão na panturrilha, que o tirou de campo mais cedo. É dúvida para o próximo jogo. Brasil e México, hoje, em Samara, já estão concentrados. Os mexicanos no mesmo hotel dos brasileiros.

Irmã de Cristiano Ronaldo, o CR7
Pena que minha agenda não vai permitir que eu me ausente de São Luís esta semana, para participar, na próxima quinta-feira, da festa de inauguração, em Gramado, do restaurante da família do mega craque português Cristiano Ronaldo, pela quinta vez eleito o maior jogador do mundo.
Trata-se da Casa Aveiro by Dolores, inspirada no nome da mãe de CR7, Dolores Aveiro, que teve pelo menos um amigo no Maranhão, o saudoso português José Dias, que foi dono do hotel Savoy, na Ilha da Madeira.
O restaurante pretende ganhar fama pelo sobrenome de peso, mas não apenas: o cardápio português agregará receitas da mãe do craque, que já foi cozinheira, incluindo o Bacalhau à Brás, prato favorito de Cristiano Ronaldo.
A casa unirá o rústico com o moderno em meio a azulejos portugueses e fotografias, exaltando ambiente familiar.
Por parte da família do jogador, quem tempera a parceria é a cantora Kátia Aveiro, irmã de Cristiano Ronaldo. E que já esteve em São Luís no ano passado, com a cantora Mara Pavanelly.

Adeus Copa do Mundo
Sábado, 30 de junho de 2018, foi um dia histórico para o futebol: dois dos maiores jogadores deste século se despediram da Copa do Mundo.
Messi fez 31 anos na semana passada, Cristiano Ronaldo completou 33 em fevereiro. Convém não duvidar do que esses dois são capazes, mas parece improvável que cheguem a novembro de 2022 no Catar com as mesmas
condições físicas e técnicas que ostentaram na Rússia.
O camisa 10 argentino não ficou sozinho. Nada menos do que catorze de seus 22 companheiros de time já têm trinta anos ou mais. A Copa de 2018 é frequentemente descrita como a última oportunidade de uma geração – algo especialmente dramático para quem perdeu três finais seguidas: a Copa do Mundo de 2014 para a Alemanha, a Copa América de 2015 e a Copa América Centenário de 2016, ambas para o Chile.

Carnaval dos finados
Nossos adversários mexicanos já estão mortos. Ou, pelo menos, andam desfilando por Moscou como se assim fosse, fantasiados de esqueletos e promovendo farta distribuição de doces em forma de ossinhos.
A iniciativa é da embaixada do país na Rússia, que resolveu realizar fora de época os festejos do célebre Dia dos Mortos,
para promover a cultura nacional.
Na celebração, que remonta a tradições pré-colombianas, os defuntos são homenageados em clima de Carnaval, com alegria, cores e música.

Julho com música e poesia
Julho chegou e já se sabe que será animada a programação do projeto “Férias Culturais”, uma ideia da Secretaria Municipal de Turismo de São Luís, sob a batuta de Socorro Araújo.
Trata-se de uma iniciativa que leva história, música e teatro para o Centro Histórico de São Luís, destacando, entre outras coisas, figuras emblemáticas que estão nos livros de História do Maranhão.
Entre as atividades, destaca-se o “Passeio Serenata”, uma cartada carregada de lirismo e poesia que atrai vários turistas. Um grupo de pessoas, sendo alguns atores trajando roupas de época, caminham por becos e vielas da Praia Grande, ao som de lindas canções.
O público faz algumas paradas onde conhece um pouco das curiosidades dos pontos turísticos da Capital.

Comida japonesa
O restaurante japonês comandado por Val e Tanaka, na Avenida Mário Andreazza foi ampliado com um espaço para eventos.
A casa continua super movimentada, a exemplo de sábado passado, quando circularam por lá muitos nomes conhecidos de nossa sociedade.
Uma das mesas de grande charme reunia Ana Lúcia e Amaro Santana Leite, Flávia e Nilson Ferraz, Melina e Luiz Carlos Cantanhede Fernandes. Outra mesa tinha a simpatia de Rafaela e Gustavo Amorim com Fernanda, filha dela, e Gabriel, irmão dele, com a namorada Amanda Rocha.

TRIVIAL VARIADO
Como todos devem saber, a Copa do Mundo é um torneio rápido, não permite erros e somente os mais fortes chegam às finais. Diferentemente de um campeonato, que é longo e permite recuperação. A história nos mostra que em nenhuma Copa apareceu alguma "zebra" na final. Os fracos morrem pelo caminho. Neste ano não
vai ser diferente.

Esta é a segunda vez seguida em que a Suíça passa da primeira fase em um Mundial. Na Copa de 2014, no Brasil, foi eliminada nas oitavas pela Argentina. O desafio, agora, é repetir a melhor campanha de sua história, conquistada em 1954, quando sediou o torneio e chegou às quartas de final.

Entre a grande vitória sobre a Alemanha, quando poderia até ter goleado, e a derrota humilhante para a Suécia, está a seleção mexicana. Não se sabe que barreiras poderá impor ao Brasil. Penso que a vitória virá ao natural. O perigo é que a Copa recomeça. Jogo eliminatório já afundou muito time de qualidade.

Se o Brasil for campeão mundial pela sexta vez, um sonho ainda distante, sobretudo em uma Copa tão cheia de armadilhas, este 2 a 0 sobre a Sérvia será um divisor de águas. Pela primeira vez na Rússia, os lampejos de candidato a título reluziram na Seleção de Tite.

Quase a metade dos jogos da primeira fase foi decidida no fim. Em 48 partidas, 20 tiveram mudança de placar após os 40 minutos do segundo tempo. De 122 gols, 25 foram marcados na finaleira - 21% do total. Em 2014, o índice foi de apenas 11%.

Todo mundo limpo. A Fifa realizou 2,7 mil exames antidoping na primeira fase do Mundial, o que dá quase quatro xixis por jogador, e ninguém foi apanhado com substâncias proibidas do organismo.

DE RELANCE

Cobertura da Copa
Os olhos do telespectador são boias num mar revolto, vivem passeando pelo teto e paredes. Por isso o narrador, a cada 5 segs, diz: “Olha lá!”. Contra-ataque e jogada ensaiada tomam conta de metade da narração do futebol. Ditas sempre em tom de novidade. A TV transmite uma representação do jogo. É por isso que todo o lance é polêmico, pois depende da percepção e da análise de cada um.

Cobertura da Copa 2
Se deixarmos a História a cargo dos comentaristas da TV, então, como diria Tarso de Castro, devemos pedir nossa cidadania de cachorro paraguaio. O protagonista da História não é o fato, a fonte ou as suas representações. Mas sim a análise, a abordagem, a costura que se faz desse acervo. Então vamos parar com isso de testemunha ocular da História ou que estamos presenciando um momento histórico. História é outra coisa.

Cobertura da Copa 3
A História não pode ser vista a olho nu. O que vemos são representações, que alimentam uma ciência humana de inúmeras abordagens. Futebol não é volei nem basquete. Romário, baixinho, fazia gol entre gringos altos. O atacante se abaixou para cabecear. Mas o narrador lembrou que ele é grandalhão, chamou a atenção para sua altura, como se isso importasse. O gesto mais cretino do futebol é levantar os braços reivindicando inocência depois de chutar ferozmente o adversário. Tem a toda hora.

Cobertura da Copa 4
Numa Copa, ‘tentou o lance individual” é drible, se der certo é “futebol brasileiro”, se der errado é “fazer graça”. Não importa se o jogador tem, ou não, talento. O jogo não depende da altura, como vôlei ou basquete. Onde os narradores aprendem a dizer asneiras como a importância da altura dos jogadores de futebol? Existe autoajuda
da idiotia no esporte?

Cobertura da Copa 5
Não adianta. Eles ficam medindo a altura dos jogadores, como se fosse importante. Esquecem os baixinhos fazendo gol entre gringos altos. O narrador fica pasmo: a bola passa “por cima dos grandalhões” da zaga e caiu na cabeça do atacante. Futebol não é vôlei, altura não importa.

Cobertura da Copa 6
Num jogo Dinamarca X Croácia, como aconteceu ontem, por que tem gente gritando sem parar? O atordoamento gera ansiedade entre os jogadores e torcedores. Idiotias da Copa. O atacante se abaixa para cabecear. “O gigante de um metro e noventa nem precisou pular”, disse o narrador. Futebol não é basquete. Futebol não é vôlei nem basquete, altura não conta. Mas os narradores brasileiros estão sempre medindo a altura de quem está na área.

Cobertura da Copa 7
Há mais sinceridade na transmissão esportiva do rádio. Todo mundo sabe que a narração sem a muleta da imagem é pura representação, uma visão unilateral do jornalista que transmite. O que não se relativiza é o resultado, o resto depende da percepção do locutor. Na TV parece que estamos vendo tudo, mas vemos apenas lances isolados de uma realidade que, em seu conjunto, fica escondida o tempo todo, pois não temos a visão que teríamos se estivéssemos no estádio.

Cobertura da Copa 8
Precisamos então confiar no narrador. E de seus colaboradores, que descrevem a estratégia, fazem a síntese do que ocorre no quadro completo da competição. Os telespectadores ficam na mão, iludidos que acompanharam tudo. Mas o que viram foi apenas riscos luminosos coloridos num espaço de linguagem cifrada, cheia de jargões e enigmas.

Para escrever na pedra:
“O que finalmente eu mais sei sobre a moral e as obrigações do homem devo ao futebol...” De Albert Camus

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