Recuperação

Professor da UFRJ atacado na Lagoa da Jansen recebe alta

Ação rápida de técnica em enfermagem do HU-UFMA pode ter salvo a vida do docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30
Lília de Jesus Buas, que trabalha no HU-UFMA, e Antônio José Teixeira Guerra
Lília de Jesus Buas, que trabalha no HU-UFMA, e Antônio José Teixeira Guerra (Lília de Jesus Buas, que trabalha no HU-UFMA, e Antônio José Teixeira Guerra)

SÃO LUÍS - Depois de um grande susto, o renomado professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Antônio José Teixeira Guerra, recebeu alta após 11 dias internado no Hospital Universitário da UFMA (HU-UFMA). Ele foi esfaqueado no dia 15 de junho quando caminhava próximo a Lagoa da Jansen em uma tentativa de assalto. Os primeiros socorros foram prestados pela técnica de enfermagem Lília de Jesus Buas, que trabalha no HU-UFMA.

Relembre o caso: Geógrafo é esfaqueado na Lagoa da Jansen, nesta sexta-feira

A última sexta-feira, 15, ficará marcada em sua memória. Parecia ser um dia normal em sua rotina de trabalho, até o momento em que a técnica de enfermagem se deparou com mais uma vítima da violência em São Luís e precisou agir rápido para prestar socorro. A profissional, que também é graduanda do curso de educação física, disse que não pensou duas vezes em salvar aquele homem que gritava por socorro após ser ferido e levá-lo o quanto antes ao hospital.

Atendido emergencialmente no Hospital Djalma Marques - Socorrão I, o professor da UFRJ passou por um procedimento cirúrgico no braço esquerdo conduzido pelos cirurgiões vasculares José Ribamar Wanderley de Souza Júnior e José Armando de Oliveira Filho. Em seguida, foi transferido para o HU-UFMA para fazer o restante do acompanhamento com a equipe do Serviço de Cirurgia Vascular.

No domingo, 17, o encontro entre os dois foi marcado pela emoção. Se, a princípio, desconhecidos um para o outro, daqui para frente com a certeza de que não esquecerão mais daquele momento, que deu ao professor um novo recomeço. “Quando eu percebi o que tinha acontecido e olhei ele perdendo muito sangue, só pensei que precisava tirá-lo dali o quanto antes, pois a quantidade de sangue que jorrava significava que tinha atingido uma artéria e ele precisa ser atendido urgentemente. Fui visitá-lo dias depois e fiquei muito feliz em ver que ele estava bem e se recuperando. Para mim isso que vale, meu coração estava que não cabia no peito”, relata emocionada.

A cada dia melhor, o professor agradece pela evolução no seu estado de saúde ao pronto atendimento da técnica. “Quando ela parou o carro e abriu a porta, só vinha na minha cabeça que era ela quem iria me salvar. Sou muito agradecido a Lília que me estendeu a mão no momento em que mais precisei, mesmo sem me conhecer, me colocou no seu carro e lutou pela minha vida”.

Agradecimento

À equipe do HU-UFMA, ele estende o seu agradecimento também. “Estou muito admirado com o atendimento recebido. Eu observo muito e sinto que é um atendimento de muita generosidade com todos os pacientes. Os profissionais têm muita paciência e atenção conosco. Esse respeito ao paciente é muito importante”.

O cirurgião vascular Sebastião Brito explica que o professor recebeu alta após a retirada dos pontos, devido a uma considerada perfusão distal no membro superior lesionado. Passou por exames, fez uso de antibioticoterapia, entre outros cuidados.

O docente da UFRJ é referência nacional e internacional em Geomorfologia e iria participar na tarde da sexta,15, da banca de defesa do memorial para progressão à carreira de professor titular da UFMA de Antônio Cordeiro Feitosa, do Departamento de Geociências e do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (PGCult). Por conta do incidente o evento foi transferido para a terça-feira, 19, dia em que recebeu autorização médica para participar tendo retornado em seguida ao hospital.

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