São João vermelho

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30

O governador Flávio Dino (PCdoB) descaracterizou os últimos quatro carnavais maranhenses para fazer graça aos seus amiguinhos comunistas, que receberam para cantar nos bailes pagos com dinheiro público. Agora, faz isso também com o São João, em que deixa de fora artistas com forte vínculo com a cultura maranhense de raiz para botar nos palcos amiguinhos de faculdade - sobretudo do ex-secretário Márcio Jerry, já que Dino tem pouca ou nenhuma relação com as artes e a cultura maranhense.
O “São João de Todos Nós” terá artistas como Fagner, mais conhecido pela música romântica, e Agnaldo Timóteo, lenda viva do bolero, mas de nenhuma afinidade com o bumba meu boi ou os ritmos que marcam as festas juninas do Maranhão.
Artistas maranhenses tiveram que se submeter a um edital, que pedia, dentre outras coisas, até mesmo atestado de quitação com a Caema (?). E muitos, como Mano Borges, foram desclassificados por não atenderem aos critérios do evento.
Ora, que critérios usaram os gênios da cultura do governo comunista para definir que Agnaldo Timóteo e Fagner têm a ver com o São João do Maranhão e Mano Borges não?
A panelinha comunista na cultura tem provocado aberrações, como a presença de Elza Soares cantando no Carnaval ou a comunista Leci Brandão fazendo shows da virada um ano atrás do outro.
Outros artistas, como Betto Pereira e Carlinhos Veloz, também ignorados nos editais culturais do governo, manifestaram sua crítica de forma dura ao governo, mostrando, inclusive, que não precisam de editais para cantar em sua própria terra.
O São João vermelho de Flávio Dino é uma aberração cultural que descaracteriza a cultura maranhense. É mais uma “avermelhação” dos signos e símbolos mais significativos do estado.

Queridinhos
Nem todos os artistas maranhenses ficam de fora dos eventos bancados pelo governo comunista de Flávio Dino.
Os que se relacionam, sobretudo com Márcio Jerry e Chico Gonçalves, desde a faculdade, têm cadeira cativa e cachê gordo, seja qual for a programação comunista.
Esses artistas são considerados pelo establishment vermelho como gente de esquerda, vinculada aos ideais ora defendidos pelo Palácio dos Leões.

Exigências
Surgiu nas redes sociais, ontem, a história de que o Edital de contratação das atrações artísticas para o São João exige até atestado de quitação com a Caema.
Não se sabe se é real a informação, porque o governo se negou a dar maiores detalhes do documento.
Mas a classificação das atrações teve repercussão amplamente negativa nas redes sociais, com fortes críticas ao governo.

Zona de exclusão
O Tribunal de Justiça tomou uma decisão que soa estranha para os padrões turísticos e culturais de São Luís.
A partir dela, estão proibidos eventos e shows ao ar livre em toda a região da Ponta d’Areia - e só na Ponta D’Areia.
A decisão - da qual promotores e produtores de eventos já estão recorrendo - cria uma espécie de área de exclusão na capital maranhense.

Licenças
Enquanto o TJ restringe áreas culturais, a Câmara Municipal aprovou ontem projeto da Prefeitura que regulamenta as taxas e licenças da Secretaria de Meio Ambiente para a realização de festas.
Os vereadores reduziram pela metade o valor das taxas por hora de evento e estabeleceram o prazo de seis meses de validade para cada licença.
O projeto é uma articulação de promotores de evento, donos de bares e casas de show e vai agora para sanção do prefeito Edivaldo Júnior (PDT).

Clonagem
Uma onda de clonagem de números de celulares atingiu em cheio a classe política maranhense.
O primeiro a ter o número usado indevidamente por vigaristas foi o deputado estadual Adriano Sarney (PV).
Mas o problema já atingiu também a deputada federal Eliziane Gama (PPS) e o deputado estadual Vinícius Louro (PR).

ZR fora
O PSDB já decidiu que não terá o deputado José Reinaldo Tavares como candidato a senador na chapa de Roberto Rocha.
Tavares não aceita ser controlado pelo ninho tucano e segue articulando a candidatura do deputado estadual Eduardo Braide (PMN).
Tanto que, em Alcântara, quem estava serelepe como pré-candidato era o também deputado federal Waldir Maranhão, que segue querendo disputar o Senado.

DE OLHO

R$ 250 mil É o cachê de Agnaldo Timóteo, segundo ele próprio declarou em seu perfil no Twitter, ao dizer que cobra a metade de Luan Santana, hoje com cachê na casa dos R$ 500 mil.

E MAIS

• O deputado Eduardo Braide gravou um vídeo em que deixa mais dúvidas sobre sua candidatura ao governo, embora já tenha sido lançado diversas vezes.

• Depois que Flávio Dino marcou evento para o dia 16, o presidenciável Jair Bolsonaro antecipou sua visita a São Luís para o dia 14.

• O ex-prefeito Sebastião Madeira explica que a decisão do PSDB baiano de retirar sua candidatura ao governo não tem relação com a eleição no Maranhão.

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