Manifestação

MA:caminhoneiros continuam com protesto em rodovias federais

Todas as manifestações acontecem sem interdição de rodovias e valem apenas para veículos de carga, de acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF); a paralisação está causando reflexos em diversos estados

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
Caminhões estão parados em rodovias federais que cortam o Maranhão.
Caminhões estão parados em rodovias federais que cortam o Maranhão. (Caminhões estão parados em rodovias federais que cortam o Maranhão)

SÃO LUÍS - Devido ao aumento do preço do óleo diesel, caminhoneiros continuam com o ato de protesto e bloqueiam pontos de rodovias federais no Maranhão, pelo quarto dia consecutivo. Ontem, as manifestações aconteceram no Km 246 da BR-010, em Imperatriz; no Km 299,5 da BR-010; em trecho da cidade de Cidelândia, e também no Km 131 da BR-010, na cidade de Estreito.

Além da BR-010, os caminhoneiros ainda realizam protesto no Km 406 da BR-230 em Balsas; no Km 216 da BR-230, em São Domingos do Azeitão no Km 544 da BR-316, em Caxias, e no Km 5 da BR-135 em São Luís.

Todas as manifestações acontecem sem interdição de rodovias e valem apenas para veículos de carga. Os outros tipos de veículos estão liberados, de acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O ato de protesto ocorre em nível nacional e já está causando reflexos em diversos Estados, como por exemplos: falta combustível em vários postos em cidades do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Tocantins e Distrito Federal; diminuiu o número de ônibus em circulação no Recife; no Pará, supermercados começam a ficar desabastecidos. Os Correios suspenderam temporariamente as postagens das encomendas com dia e hora marcados (Sedex 10, 12 e Hoje). Em comunicado, a estatal informou ainda que a paralisação também tem gerado "forte impacto" e atrasos nas operações da empresa em todo o país.

Trégua

Ontem, o presidente Michel Temer pediu "trégua" de dois ou três dias aos caminhoneiros para encontrar uma solução sobre o preço dos combustíveis. Temer deu a declaração após participar de um evento no Palácio do Planalto.

"Desde domingo, estamos trabalhando nesse tema para dar tranquilidade não só ao brasileiro, que não quer ver paralisado o abastecimento, e tentando encontrar uma solução que facilite a vida dos caminhoneiros", afirmou o presidente.

Confederação

Após a reunião com os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Carlos Marun (Secretaria de Governo) e Valter Casimiro (Transportes), o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, afirmou que o governo não apresentou uma proposta concreta.

O encontro, de acordo com a Casa Civil, reuniu 10 entidades nesta quarta. Segundo Diumar Bueno, ficou acertada uma nova reunião para hoje, 24, também no Palácio do Planalto. "O governo não ofereceu nada até agora. A proposta foi pedir um prazo para nós para que eles se posicionem amanhã [quinta, 24] às 14h", disse o presidente da CNTA.

Ainda de acordo com o presidente da entidade, os ministros na reunião explicaram a "impossibilidade" de atender às reivindicações da categoria.

Cade

Sobre a possível eliminação da Cide sobre o diesel, Bueno declarou: "Isso só é insuficiente, porque isso representa R$ 0,05 no preço, se for passado para as bombas".

Questionado sobre se a categoria atenderá ao pedido de "trégua" do governo, Diumar afirmou que ficou apenas estabelecido o prazo para a nova reunião. "Não se trata de trégua, ele pediu um prazo para nos dar uma reposta, e o que foi estabelecido hoje [ontem] foi esse prazo até amanhã [hoje] às 14h", declarou. "Infelizmente, o governo está condicionando a paralisação nacional dos caminhoneiros permanecer por mais um dia", completou.

Diumar também destacou que a confederação avisou o governo sobre a insatisfação da categoria com o preço do diesel, além do pedido pelo fim da cobrança de pedágio de caminhões que trafegam vazios e com os eixos suspensos.

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