Crimes recorrentes

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h31

Cada movimentação eleitoral de Flávio Dino (PCdoB) soa como um deboche à população maranhense. É como se o governador dissesse ao povo, à Justiça e ao Ministério Público que está acima de todas as instituições, que é superior aos demais cidadãos, e que as leis e as regras que determinam a vida de todos não o atingem.
O pedido de voto formal, público e registrado em evento político é motivo suficiente para negação de registro de candidatura ou cassação de diploma, caso eleito. Mas Dino parece ignorar tudo isso em seus recorrentes crimes eleitorais.
E não são poucos. O uso dos cargos de capelães da Polícia Militar em troca de apoios de igrejas evangélicas também tem farta documentação e registros literais de declarações dos envolvidos, vinculando o posto à troca de favores eleitorais. A espionagem na Polícia Militar é outro grave crime protagonizado pelo comunista. Sem falar do uso da estrutura do Palácio dos Leões - e da própria rádio oficial do estado - para comício do ex-presidente Lula.
E tudo isso nas barbas da Justiça Eleitoral, que Dino faz questão de subjugar. E tudo isso com o silêncio do Ministério Público, cobrado quase que diariamente sobre ações que, ao menos, dêem freio aos arroubos autoritários do governador. Mas, aos poucos, as coisas vão se avolumando na Justiça Eleitoral. E cedo ou tarde, o comunista terá de acertar as contas com ela.

História
O ex-governador Epitácio Cafeteira protagonizou dois momentos históricos nas eleições maranhenses.
Em 1990, apoiou João Castelo, que venceu o primeiro turno, mas perdeu no segundo para Edison Lobão.
Em 1994, foi Cafeteira quem, após vencer o primeiro turno, perdeu o segundo para a então deputada federal Roseana Sarney.

Último mandato
Em 2006, Cafeteira disputou a eleição de senador na chapa da ex-governadora Roseana Sarney, contra a oposição liderada por Jackson Lago.
Roseana venceu o primeiro turno e elegeu Cafeteira senador; o segundo turno, vencido por Jackson, foi anulado na Justiça Eleitoral sob acusação de compra de votos.
Foi o último mandato parlamentar de Cafeteira, que ficou até 2014; sua vaga é hoje ocupada pelo senador Roberto Rocha.

Só feras
Epitácio Cafeteira faz parte da geração dourada das lideranças políticas maranhenses na segunda metade do século XX.
Ao lado de José Sarney, João Castelo, Jackson Lago, Alexandre Costa e Edison Lobão, dominou a política nos anos 80 e 90.
E tinha forte penetração popular em São Luís, cidade que governou na década de 60.

Inseguro
O ex-secretário Marcelo Tavares cometeu um ato falho e recuou em relação à inelegibilidade do vice-governador Carlos Brandão.
Em entrevista ao jornalista Diego Emir, Tavares afirmou claramente que o PSB já decidiu indicá-lo a vice diante dos riscos de cassação da chapa com Brandão.
Mas a repercussão da declaração levou o sobrinho de José Reinaldo Tavares a retroceder e negar ter dito o que disse.

Piada
A Segurança no governo Flávio Dino anda tão sucateada que já virou até motivo de piada.
No fim de semana, bandidos simplesmente invadiram uma delegacia de polícia, em Pirapemas, para levar de lá uma metralhadora, equipamentos e até dinheiro.
Se uma delegacia, que deveria ser segura, está assim, imagine nos outros locais.

Mais produtiva
A Quinta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, integrada pelos desembargadores Raimundo Barros, Ricardo Duailibe e José Ribamar Castro, julgou no mês passado o total de 382 processos.
O dado está registrado no mapa estatístico que segue para o Conselho Nacional de Justiça.
A marca foi considerada a mais produtiva do Tribunal de Justiça no mês de abril.

DE OLHO
50 mil é o número de apreensões de veículos com IPVA atrasado desde o início do governo Flávio Dino. No mesmo período, o governo leiloou 12 mil veículos.

E MAIS

• O deputado Wellington do Curso protocolou ontem no Ministério Público e Polícia Federal documentos que comprovam superfaturamento nas obras da Beira-Rio, em Imperatriz.

• A Confederação Nacional dos Municípios homenageou o senador Edison Lobão como “o parlamentar que mais atuou pelo Maranhão em 2017”.

• O senador Roberto Rocha quer processar o aplicativo que listou processos contra ele na Justiça Eleitoral, dando a entender tratar-se de questões de corrupção.

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