Presidenciáveis aqui

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31

Pelo menos dois presidenciáveis já manifestaram interesse em visitar o Maranhão antes mesmo da campanha propriamente dita. O primeiro deles desembarca neste fim de semana em São Luís. Trata-se do pré-candidato do PSDB e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que participa em São Luís da inauguração da nova sede do PSDB e conversa com empresários e jornalistas.
O outro presidenciável já com agenda no estado é o candidato do PSL, deputado Jair Bolsonaro (RJ). Sua agenda está prevista para junho, embora não estejam definidas ainda as cidades a serem visitadas e os dias em que ele estará no Maranhão.
Os demais partidos e
pré-candidatos a presidente ainda batem cabeça sobre alianças no estado. O petista Luiz Inácio Lula da Silva, por exemplo, não tem como marcar qualquer agenda, por motivos óbvios, já que se encontra preso em Curitiba (PR). Já a ex-ministra Marina Silva também ainda não se definiu quanto ao palanque no Maranhão, embora seu partido esteja fechado com o deputado estadual Eduardo Braide (PMN), pré-candidato a governador.
O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM), embora já tenha estado em São Luís, sua agenda não teve relação com a candidatura a presidente, mesmo porque é pouco provável que ele pretenda mesmo disputar a presidência.
Entre os principais partidos, o único ainda indefinido quanto a candidatos a presidente é o MDB, que está no comando do país. Até agora, não se decidiu se o candidato será o próprio Temer ou o ex-ministro Henrique Meireles; ou mesmo se o partido formará uma aliança com outro candidato. Essa definição só se dará mesmo a partir de agosto.

Não agrada
A imposição do nome do ex-presidente da OAB-MA, Mário Macieira, como candidato a senador na chapa do governador Flávio Dino, pelo PT, é uma imposição do secretário Chico Gonçalves.
No comando da Secretaria de Direitos Humanos, Gonçalves controla o presidente do PT, Augusto Lobato, que segue à risca as orientações do Palácio dos Leões.
Por isso o nome de Macieira não foi bem recebido pela militância petista, que já tem os professores Márcio Jardim e Nonato Chocolate como pré-candidatos ao Senado.

Grupo jurídico
Ex-sócio do próprio Flávio Dino, Macieira faz parte do grupo de advogados que iniciaram a carreira com o governador, no início dos anos 90.
Desse grupo fazem parte também o desembargador federal Ney de Barros Bello Filho, o juiz Douglas Martins e os advogados Guilherme Zagalo e Antonio Nunes.
Todos eles, de uma forma ou de outra, com influência no governo do comunista maranhense.

Traições
Sem grupo político definido, Flávio Dino necessitou de apoio dos chamados políticos tradicionais para entrar na vida pública a partir de 2006.
Entre estes políticos, deram-lhe suporte nomes como os ex-governadores Jackson Lago e José Reinaldo Tavares, o ex-ministro Edison Vidigal e o ex-deputado Humberto Coutinho (PDT).
Todos estes, de uma forma ou de outra, relegados ao segundo plano – e até mesmo traídos pelo governador – neste final de primeiro mandato.

Crítico
Adversário histórico dos governos Roseana Sarney na Assembleia Legislativa, o ex-deputado Aderson Lago nunca simpatizou com a construção política do nome de Flávio Dino.
Tanto que, hoje, quase não se relaciona com o filho, Rodrigo Lago, um dos maiores entusiastas da liderança do comunista.
Aderson, que deixou a política a partir do fracasso do governo Jackson Lago, hoje vê o governo Dino como uma das maiores decepções políticas da história do Maranhão.

Resposta I
Somente ontem chegaram à Redação dois pedidos de direito de resposta do Governo a reportagens veiculadas no início do mês de abril em O Estado.
Na primeira, sobre a matéria “Carta atribuída a médico confirma denúncia de corrupção na SES”, o Governo informa que o inquérito [da PF] não apura desvio de dinheiro público, “como se nota na portaria de instauração”.
Na segunda, sobre matéria veiculada no dia 14, afirma que é “absolutamente mentirosa a afirmação de que teria havido suposto desvio de R$ 18 milhões de recursos do sistema estadual de saúde”.

Resposta II
Em relação à primeira, a própria Polícia Federal assegura apuração de irregularidades em licitação e desvios de dinheiro público no inquérito 0606/2017.
Já em relação à segunda nota, também a PF assegura desvios da ordem de R$ 18 milhões e atuação de uma organização criminosa na estrutura da SES.
Vale ressaltar que a ex-secretária-adjunta da pasta, Rosangela Curado, foi presa sob a acusação de atuar como uma das responsáveis pelos desvios.

DE OLHO
R$ 210,00 por mês é com quanto vivem nada menos que 147 mil maranhenses de São Luís, durante o governo Flávio Dino. Aumento de 48% em relação a 2015.

E MAIS

• Presidente do MDB, o senador João Alberto articula a indicação do companheiro de chapa da ex-governadora Roseana Sarney.

• A família do ex-senador Mauro Fecury descartou compor a chapa do ex-governador José Reinaldo Tavares, a menos que este estivesse na chapa de Roseana Sarney.

• Com veto do Palácio dos Leões e, pessoalmente, do próprio Flávio Dino, caiu no poço a pretensão da família do empresário Dedé Macêdo de vê-lo figurar como suplente de senador.

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