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Chuvas

Chuvas no norte do Maranhão devem seguir até junho, dizem meteorologistas

Laboratório de Meteorologia da UEMA aponta que este ano está chovendo mais do que nos anos anteriores.

O Estado, com informação de assessoria

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
(Chuvas)

Nos primeiros meses desse ano, chuvas intensas atingiram o Maranhão, causando sérios problemas, como as enchentes que deixaram diversas famílias desabrigadas no estado. Segundo os meteorologistas da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), a previsão é que as chuvas no centro norte do Maranhão devem continuar até meados de junho.

Após esse mês, tem inicio o período de transição da estação chuvosa para a seca, onde há uma diminuição das chuvas, que ocorrem de forma esporádica. No centro sul do estado as chuvas devem começar a declinar a partir da segunda quinzena de maio, dando inicio a estação seca.

Está chovendo mais esse ano?

De acordo com dados apresentados pelo Laboratório de Meteorologia, da UEMA, sim. “Em grande parte do estado esse volume de chuva está ultrapassando a normalidade. Além disso, nos anos anteriores (2012 a 2016), o Maranhão passou por um período de seca, com um regime pluviométrico abaixo do normal, o que contribui para essa sensação de que está chovendo excessivamente”, explica Marcio Eloi, meteorologista do LABMET

Usando São Luís como exemplo, o índice de chuvas registrado em uma das estações instalada na capital nos meses de janeiro, fevereiro e março desse ano foram de respectivamente 332, 75 mm, 433,8mm e 345,02mm A média para esses meses é de 244 para janeiro, 377 para fevereiro e 428 para março. Até a metade de abril, choveu em São Luís cerca de 60% do esperado para o mês inteiro.

Existem diversas causas para o aumento das chuvas registradas no Maranhão esse ano. No centro norte do Estado, por exemplo, elas se devem a uma boa atuação da zona de convergência intertropical, que é um sistema que se forma ao longo do Atlântico pela convergência dos ventos alísios provenientes do Hemisfério Norte e do Hemisfério Sul. Além disso, este ano está registrando também boa atuação do fenômeno La niña no Pacífico. “Durante o La niña passa a predominar os ventos ascendentes (debaixo para cima) no nordeste do Brasil. Esses ventos dão carona para que o vapor d’agua, para as gotículas de agua que estão próximos ao oceano, subam para as nuvens e alimentem o sistema”, esclarece Eloi.

Já o centro sul do estado sofre influencia da zona de convergência do atlântico sul, que pode ser explicada como o transporte da umidade que existe na Amazônia ou nos oceanos para o sudeste do Brasil. Durante o caminho, essa zona de umidade passa pelo sul do estado, causando chuvas.

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