Pronunciamento

Na TV, Temer cita injustiça com Tiradentes e diz que História, ao final, lhe deu ‘vitória maior’

Em pronunciamento, peemedebista afirma ainda que é ‘fácil bater no Michel Temer’

O Globo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
(Michel temer)

Em pronunciamento divulgado na noite de sexta-feira, 20, o presidente Michel Temer citou injustiças cometidas contra Tiradentes, que foi condenado por "defender um Brasil livre, forte e independente". Sem fazer uma comparação direta, mas também indicando estar sendo injustiçado, o presidente afirmou que “é fácil bater no Michel Temer” e faz referência a uma suposta “torcida organizada pelo fracasso” de seu governo.

No vídeo, veiculado em cadeia nacional de rádio e TV, Temer declamou versos do “Romanceiro da Inconfidência”, de Cecília Meireles, para enaltecer a liberdade. Ao citar Tiradentes, ele diz que o líder inconfidente foi acusado e condenado, mas a História lhe “deu uma vitória maior”.

“Que nesse 21 de abril, lembremos que Tiradentes foi acusado e condenado por lutar e defender um Brasil livre, forte e independente. Ao final, a história lhe deu a vitória maior. Seu exemplo de luta é exemplo para todos nós que trabalhamos para trazer mais conquistas ao Brasil”, diz Temer.

Ao criticar aqueles que supostamente torcem pelo fracasso de seu governo, Temer desafia: “Quero ver fazer”.

“É fácil bater no Michel Temer! É fácil bater no governo, é fácil só criticar. Quero ver fazer. Quero ver conquistar! Quero ver construir e realizar o que nós conseguimos avançar em tão pouco tempo. A torcida organizada pelo fracasso tenta bater bumbo. Tenta perder o jogo todos os dias”, afirma Temer, dizendo que alcançou “vitórias expressivas” para o país:

“A verdade é que o Brasil virou esse jogo. Alcançamos, nesses dois anos, vitórias expressivas, recordes após recordes, mas muitos teimam em não perceber a mudança. Em não admitir o nosso sucesso: o sucesso do Brasil”, afirma.

Eleições - Michel Temer lembra ainda que o Brasil passará por eleições em outubro — das quais o presidente não descarta participar como candidato — e diz que é preciso dar fim à “disputa irracional” que, segundo ele, “joga uns contra outros”:

“Precisamos acabar de vez com uma disputa irracional que busca jogar uns contra outros”, diz: “Esse é um ano de eleições. É um ano de escolhas. E elas deverão transcorrer na maior tranquilidade e é isso que quero garantir-lhes a partir das minhas competências como Presidente da República Federativa do Brasil. E pra isso é preciso paz, justiça, segurança, responsabilidade. É preciso coragem. É preciso saber fazer. E estamos na direção certa”, afirma.

No pronunciamento, Temer também elenca dados econômicos positivos de sua gestão, como a diminuição da inflação, o saque das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e a diminuição da idade para saque do PIS (Programa de Integração Social) e do Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público).

“Precisamos de uma injeção de otimismo no país. Precisamos, verdadeiramente, de bons sentimentos. O Brasil voltou para ganhar. E precisamos ter orgulho disso!”, diz o presidente.

O presidente também aproveitou para comentar a intervenção federal no Rio, decretada em fevereiro. Ele diz que tanto a intervenção quando a criação do Ministério da Segurança Pública, comandada pelo ministro Raul Jungmann, foram iniciativas “inéditas”, que “governo algum” teve coragem de fazer.

“Falo da criação do Ministério da Segurança Pública com a intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro. Iniciativas inéditas que governo algum teve a coragem de tomar no enfrentamento e combate à violência urbana e ao crime organizado”.

Ataques - No pronunciamento, Temer também repetiu o que ele e seus aliados vêm dizendo, para responder o que chamam de “ataques” do Judiciário, de que é preciso respeitar a Constituição. Sem isso, afirma o presidente, cria-se insegurança nas instituições:

“Somos livres e vivemos em um Estado democrático de direito, onde deve haver o respeito mútuo, o respeito às leis e, principalmente, o respeito à Constituição Federal. Desrespeitá-la é criar insegurança e instabilidade entre pessoas e instituições”.

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