Polícia política?!?

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31

A Circular número 08/2018, atribuída ao Comando de Policiamento de Área do Interior, e que circula em redes sociais e grupos de WhatsApp desde ontem, é mais um escândalo com a marca do governo Flávio Dino. E confirma com todas as letras o aparelhamento do sistema de Segurança Pública pelo PCdoB, com o objetivo de monitorar, constranger e perseguir adversários do governador no interior maranhense.
O documento pede, “em caráter de urgência”, que as unidades policiais do interior informem “as lideranças que fazem oposição ao governo local (ex-prefeito, ex-deputado, ex-vereador) ou ao Governo do Estado, em cada cidade, que podem causar embaraços no pleito eleitoral”.
A ordem é uma afronta aos direitos fundamentais do cidadão. É típica dos estados policialescos implantados pelo comunismo mundo afora. E ideia do representante maior do comunista maranhense usa o aparelho policial abertamente contra seus adversários.
Dino aparelha a Polícia Militar desde o início do seu governo. Tentou criar a figura do oficial temporário, botou pela janela um batalhão de pastores evangélicos, como oficiais, sem concurso, em troca de votos, e tem “formado” soldados a toque de caixa, com reduzido tempo de preparação e o doutrinamento para seguir como agentes do governo comunista.
Mas a revelação de que usa a política em interesse próprio remete o Maranhão aos tempos mais duros da ditadura, quando a polícia passou a perseguir todos que não tivessem vínculo com os chefes de governo da época. É a PM transformada por Dino em polícia política. E todos
sabem o fim dessa história.

Direitos humanos
Os deputados federais da oposição maranhense pretendem ter com organismos internacionais de segurança e Direito Humanos.
Eles entendem que a circular da PMMA é a prova de que se implantou no Maranhão uma espécie de enclave ditatorial comunista, que pode oferecer riscos aos cidadãos.
A ideia é expor o aparelhamento da PM e a transformação dos setores de segurança em polícia política.

Coincidência
O procurador-geral do Estado, Rodrigo Maia, e seu xará da Secretaria de Transparência, Rodrigo Lago, estão desde ontem em Brasília.
Oficialmente, dizem que foram discutir repasse de recursos federais para o Maranhão, embora esta não seja a atribuição de nenhum dos dois.
Curiosamente, os dois “investigadores” do governo comunista chegaram a Brasília no mesmo dia em que o STJ negou Habeas Corpus ao secretário de Saúde, Carlos Lula.

Diárias
As coincidências da presença de agentes de governo em viagens fora do estado acontecem em todos os níveis.
Eles sempre estão em “agenda institucional” no mesmo período em que coincidem questões pessoais.
É uma forma de garantir o pagamento de diárias que, no caso dos mais altos escalões, são liberadas a toque de caixa.

Dois envolvidos
Em meio ao escândalo de desvio da saúde, que acabou centralizado no médico Mariano de Castro e no secretário Carlos Lula, outros dois personagens passam ao largo.
O ex-titular da pasta, Marcos Pacheco, e a ex-adjunta Rosângela Curado, também são investigados pela Polícia Federal, mas estão fora do contexto midiático do caso.
E ambos foram agraciados com cargos no governo após estouro do escândalo, numa prova de que Flávio Dino os tem sob proteção.

Guerra
Os deputados Roberto Costa (MDB) e Carlinhos Florêncio (PHS) quase foram às vias de fato, ontem, durante sessão na Assembleia Legislativa.
Os dois são adversários no município de Bacabal, onde Costa concorreu à prefeitura e Florêncio tem o filho no comando atual da gestão.
Costa mantém ações na Justiça comum e na eleitoral, tentando garantir a eleição do pleito de 2016, quando o ex-prefeito José Vieira estava inelegível.

Indígenas
O ex-vereador Fábio Câmara (agora no PSL), foi um dos homenageados na sessão do Senado Federal que homenageou os índios, ontem.
Câmara hoje conduz um instituto que atua exatamente nas áreas indígenas e quilombolas, com ações sociais entre os povos-raízes do Brasil.
Da sessão no Senado participaram também representantes indígenas de todo o país.

DE OLHO

R$ 3,2 milhões Foi o valor recebido pela empresa Translumar em contrato investigado pela Polícia Federal na operação da Polícia Civil

E MAIS

• Está sendo aguardado ainda hoje o Edital de convocação para a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal.

• A ameaça policial deve ser a tônica da campanha eleitoral para quem ousar ser adversário do governador Flávio Dino.

• Para quem não se lembra, a eleição de Coroatá é o exemplo mais contundente do uso das forças policiais maranhenses em favor de um candidato.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.