Operação Pegadores

"Marcelo Tavares usou verba da saúde do povo para pagar exames de familiares", diz Andrea

Nome do ex-chefe da Casa Civil aparece em carta do médico Marano de Castro; operador de esquema teria bancado exames a familiares do ex-secretário

OEstadoMA

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
Andrea reforçou o fato de o nome de Marcelo Tavares fazer parte da carta deixada pelo médico Mariano de Castro.
Andrea reforçou o fato de o nome de Marcelo Tavares fazer parte da carta deixada pelo médico Mariano de Castro. (Marcelo Tavares, chfe da Casa Civil)

SÃO LUÍS - A deputada Andrea citou o ex-deputado e ex-secretário chefe da Casa Civil do Governo do Maranhão, Marcelo Tavares (PSB), como o que considera “exemplo degradante da política no governo Flávio Dino”, por ter abandonado o próprio tio – o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSDB) - no barco dos traídos pelo comunista.

"Quero ressaltar que a degradação da política no governo Flávio Dino chegou em patamares nunca vistos, como exemplifico com o comportamento do ex-deputado e ex-secretário Marcelo Tavares. Renegou o próprio tio, verdadeiro pai dele, optando por abandoná-lo para permanecer no governo, com a garantia de ser eleito, deixando Zé Reinaldo ser humilhado sem uma palavra a seu favor", disse.

Andrea reforçou o fato de o nome de Marcelo Tavares fazer parte da carta deixada pelo médico Mariano de Castro – apontado pela Polícia Federal, no bojo da Operação Pegadores, como operador do esquema que desviou mais de R$ 18 milhões da Saúde do Maranhão

"Exames até para a família de Marcelo Tavares" foram pagos, diz a carta.

"E o pior, adotou as práticas corruptas dos comunistas como se comprova na carta do médico que eles suicidaram, utilizando recursos da saúde do povo para pagar exames de seus familiares. Veja só, Marcelo Tavares utilizou recursos da saúde do povo para pagar exames de seus familiares. É o fundo do poço. Uma vergonha", finalizou a deputada.

Maternidade – A rumorosa carta-denúncia do médico – encontrado morto na semana passada – contém, também, detalhes de irregularidades na gestão hospitalar estadual. Um dos casos citados por ele refere-se à administração da Maternidade Marly Sarney – atual Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão.

Segundo ele, o contrato da entidade responsável pela gestão da unidade era irregularmente acrescido de valores a serem repassados para o funcionamento da Maternidade Maria do Amparo e da maternidade da Santa Casa.

O médico diz que eram pelos menos R$ 288 mil para cada uma das maternidades, sem qualquer contraprestação de serviços.

“No início da administração havia um conflito nas maternidades, fiquei sabendo que as maternidades Maria do Amparo […] já tinha contrato com o município, além da maternidade Santa Casa… e seria colocado dentro do contrato da Marly o valor de 288.000,00 (mensal), acho que foi este valor, para cada maternidade, ou seja, 288 mil para Amparo e 288 mil para Santa Casa… sem prestar esses serviços, apenas incluso na prestação de contas da Marly…”, relatou Mariano.

Ainda de acordo com ele, o responsável por atestar as notas fiscais com irregularidades era o diretor da Marly Sarney, Edson Júnior, filho do deputado estadual Edson Araújo (PSB).

“Alguém atestava… acho que o diretor da Marly. Mais de meio milhão por mês”, completou.

Investigado, Carlos Lula tem habeas corpus negado pelo STJ

O ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou, na tar5dre de quarta-feira, 18, liminar em habeas corpus impetrado pela defesa do secretário de Estado da Saúde do Maranhão, Carlos Lula.

O titular da pasta é alvo de inquérito da PF no âmbito da Operação Sermão aos Peixes, por suposta fraude a uma licitação na UPA de Chapadinha – quando foi escolhido o Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Cidadania (IDAC) para administrar a unidade.

Lula pretendia trancar as investigações alegando ato ilegal da PF e do Ministério Público Federal.

Segundo os advogados do secretário, o caso não é de competência federal, mas estadual, visto que a investigação é voltada para a apuração de suposta fraude do processo licitatório para a contratação da organização social para administrar a UPA.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) sustenta que o pedido de HC solicitava o trancamento de inquérito policial, “em razão das flagrantes ilegalidades cometidas durante a investigação”. A SES também disse que a contratação de organização social encontra respaldo na lei e em decisões do Supremo Tribunal Federal.

Além desse habeas corpus já negado, tramita na mesma corte um segundo pedido do secretário, com o mesmo objetivo, protocolado na quarta-feira.

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