Prisão

Decretada nova preventiva ao delegado Thiago Bardal

Ex-chefe da Deic, preso por envolvimento com a máfia do contrabando, é acusado de desviar carga de cigarros apreendida em 2016 na cidade de Viana

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
Delegado Thiago Bardal permanece preso no anexo da delegacia da Operária
Delegado Thiago Bardal permanece preso no anexo da delegacia da Operária (Bardal)

SÃO LUÍS - O Poder Judiciário por meio da 3ª Vara Criminal, estadual decretou, ontem, mais uma prisão preventiva em desfavor do ex-superintendente estadual de Investigações Criminais (Seic), delegado Thiago Bardal. O está sendo acusado do sumiço de uma carga de cigarros apreendida na cidade de Viana em 2016. Bardal está preso no presídio da Polícia Civil, anexo da delegacia da Cidade Operária, desde o dia 2 de março deste ano, acusado de ser um dos líderes de uma organização criminosa especializada em contrabando de mercadorias.

A nova prisão foi solicitada pela equipe de delegados da Superintendência Estadual de Combate a Corrupção (Seccor), órgão ligado à Secretaria de Segurança Pública (SSP), e acatada pelo Ministério Público. Segundo a polícia, essa prisão ocorreu por conta de uma apreensão de várias caixas de cigarro encontrada pela polícia em um veículo Fiat Ducato, de placas não divulgadas, que estava sendo conduzido por Egildo Silva Campos.

Ainda de acordo com a polícia, Bardal teria ligado para o delegado da cidade, nome não revelado, determinando que não atuasse Egildo Silva em flagrante e encaminhasse a carga apreendida para a sede da Seic. Bardal teria recebido essa carga, que sumiu misteriosamente. O inquérito sobre esse caso nunca chegou ao Poder Judiciário.

Organização criminosa

Um cerco policial realizado na noite do dia 21 de fevereiro deste ano e se estendeu até a noite do dia seguinte, prendeu uma parte de um bando em um sítio, no povoado Arraial, no bairro do Quebra-Pote, onde foram apreendidos veículos, armas, munição, dinheiro e uma carga de uísque e cigarros contrabandeada, avaliada em R$ 16 milhões.

Além da prisão em flagrante, a polícia realizou, também, prisões por meio de ordem judicial. Entre os presos estão policiais militares, políticos, empresários e o delegado Thiago Bardal. O processo sobre esse caso começou na 1ª Vara Criminal de São Luís e foi transferido para a Justiça Federal, onde tramita na 1ª Vara Criminal.

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