SÃO PAULO - Illy vai do ijexá ao jazz, do samba ao rock e da salsa ao pop no seu primeiro disco, “Voo longe”, produzido por Alexandre Kassin e Moreno Veloso. Nas 13 faixas com arranjos, letras e execuções inspiradas, a cantora baiana demonstra toda versatilidade, técnica e swing que a fizeram ser apontada como uma das mais promissoras vozes da MPB contemporânea.
O som de Illy é essencialmente de MPB e flerta com os mais diversos segmentos que o gênero pode englobar, principalmente o pop, o reggae e o samba. Suas influências estão nas vozes de Rosa Passos, Mônica Salmaso, Elis Regina, Clara Nunes, Gal Costa e Maria Bethânia, no mar de Dorival Caymmi, no groove de Djavan e na malemolência dos Novos Baianos.
Radicada no Rio de Janeiro, Illy começou a vida profissional ainda adolescente puxando trio pelo interior da Bahia e cantando em trilhas de peças de teatro. Depois viajou pelo país liderando o grupo Samba Dibanda.
O timbre e o charme da interpretação são notórios desde os versos que iniciam “Sombra da Lua”, canção balançada de J. Velloso e Alexandre Leão. A faixa tem a participação especial da força do canto e da fé de Gerônimo Santana, uma das principais figuras da música baiana.
Na balada romântica de Chico César, “Só eu e você” ela “bota pra moer” cantando um refrão bem nordestino. Em “Afrouxa” (Arnaldo Antunes, Betão Aguiar, Davi Moraes e Pedro Baby) coloca no tom certo o respeito à liberdade.
A quarta canção é a que dá nome ao disco. Composta por Quito Ribeiro, “Voo longe” fala sobre dar um basta à dor e se superar. Illy, por sua vez, canta com a firmeza e a raiva que o refrão pede. “Eu ando há tanto tempo à meia luz, já cansei de desespero, estou passando a minha vez. E voo longe...”.
É quando surge “Djanira”. Uma salsa bem humorada que conta, num portunhol peculiar, a história de uma professora brasileira presa por traficar maconha em cascas de bananas. A canção de Arnaldo Almeida, Jarbas Bittencourt e João Luis (extinta Confraria da Bazófia) ganhou o naipe de sopro dos sonhos com Marlon Sette, Zé Bigorna e Altair Martins e ainda a guitarra gostosa de Felipe Cordeiro.
“Fazer o disco foi muito bom em todos os aspectos mas principalmente no clima de amizade e colaboração de alto nível que se instaurou no estúdio e o resultado é a beleza que vem disso”, lembra Moreno que além de produzir o disco empresta o carinho do seu violoncelo à sexta faixa, “Baleia”, de Alberto Continentino e Jonas Sá - que também contribui com a modernidade dos seus synths na canção.
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