Maranhão endividado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32

Exatos R$ 1,5 bilhão. Este é o tamanho do endividamento que o governador Flávio Dino impôs ao Maranhão em seus pouco mais de três anos de governo. O último deles, da ordem de R$ 500 milhões, está atualmente em análise na Assembleia Legislativa.
Pior é o cinismo comunista. Como sempre, se posicionaram contra os financiamentos externos ao Maranhão, para não parecer que mudaram o discurso, chamam os empréstimos de “parcerias de financiamento”.
Só para efeito de comparação, o grau de endividamento imposto por Flávio Dino ao povo maranhense é praticamente igual à soma de todos os outros governos dos anos 2000, incluindo o último de Roseana Sarney (MDB), que deixou em caixa nada menos que R$ 2 bilhões do BNDES.
O primeiro destes empréstimos comunistas ocorreu em abril de 2016: R$ 55,2 milhões da Caixa Econômica Federal para obras em São Luís. Meses depois, em julho, novo pedido de autorização: R$ 400 milhões da Corporação Andina de Fomento (CAF), o Banco de Desenvolvimento da América Latina.
Em novembro do mesmo ano – curiosamente um ano eleitoral - foi autorizado um empréstimo de R$ 444 milhões à Caixa Econômica Federal (CEF), para “obras importantes de infraestrutura”.
Ainda em dezembro de 2016, Flávio Dino tomou empréstimo de R$ 55 milhões do Banco do Brasil para compra de motoniveladoras.
E assim Flávio Dino vai endividando o Maranhão, ano sim, ano não. Curiosamente, os anos “sim”, são sempre os de eleições.

Bolsonaro
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) mostrou ontem, em novo encontro com a ex-prefeita Maura Jorge, que deverá mesmo ser um calo na campanha contra Flávio Dino.
Ao declarar apoio à ex-prefeita, ele lembrou, em tom de lamentação, que “o Maranhão é governado por um comunista”.
Para Bolsonaro, comunismo é uma das piores formas de poder da história.

No ninho
O deputado federal e ex-governador José Reinaldo Tavares assinou ontem sua ficha de filiação ao PSDB.
Em Brasília, com a presença das principais lideranças nacionais tucanas, ele reafirmou compromisso com o projeto do senador Roberto Rocha ao governo do Maranhão.
O deputado estadual Alexandre Almeida, que ainda articula questões no PSD, ainda não definiu a data de filiação ao PSDB.

PSC com Braide
A deputada federal Luana Costa filiou-se ao PSC e declarou seu posicionamento eleitoral no Maranhão.
- Meu encaminhamento é para a aliança com o deputado Eduardo Braide (PMN) para o Governo do Estado – disse a parlamentar.
O PSC, que tem cerca de 15 segundos no tempo da propaganda, é comandado no Maranhão pelo deputado estadual Léo Cunha, irmão do empresário Ribinha Cunha, já cotado como vice de Braide.

Dois senadores
Agora no posto de articulador político do PCdoB e da campanha de Flávio Dino, o jornalista Márcio Jerry diz que seu grupo tem dois pré-candidatos a senador.
E disse que só após o fim do prazo de filiações e trocas partidárias este grupo deverá se reunir novamente para decidir sobre os nomes.
Até lá, haverá especulações de lado a lado sobre o escolhido do comunismo para a chapa de Dino.

Reviravolta
O ministro do Meio Ambiente Sarney Filho deve anunciar até sexta-feira se fica ou se deixa o PV para disputar o Senado.
Nos últimos dias, surgiu a especulação de que ele poderá assumir o comando do PP no Maranhão, o que seria uma reviravolta no estado.
O PSD também reitera convite à filiação do pré-candidato a senador.

Vetado
O deputado federal Waldir Maranhão esperava ainda na terça-feira uma definição da cúpula nacional do PT sobre seu pedido de filiação.
Ocorre que, envolvida com o julgamento do Habeas Corpus de Lula no STF, a cúpula petista deixou a questão para solução do PT maranhense.
Para lembrar: o presidente regional do partido, Augusto Lobato, já declarou veto à filiação de Maranhão.

DE OLHO

R$ 500 mi É o valor que Flávio Dino quer contrair em empréstimo no ano eleitoral de 2018. Mesmo já tendo endividado em R$ 1 bilhão o MA

E MAIS

• O senador Roberto Rocha ainda não respondeu à proposta do deputado Eduardo Braide, de que o melhor dos dois nas pesquisas até as convenções seja o candidato ao governo.

• A declaração do comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, deixou o país – esquerda e direita – em alerta com a ameaça de retorno à Ditadura Militar.

• A decisão do STF sobre a prisão do ex-presidente Lula não interfere na questão eleitoral, que ainda será decidida pelo TSE.

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