Produção agrícola

Soja registra produtividade recorde no sul do Maranhão

Levantamento realizado pelo Rally da Safra 2018, expedição privada com o objetivo de avaliar o potencial produtivo das lavouras, revelou que a produtividade saltou de 50,2 sacas/hectare para 53 sacas/hectare

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32
Técnicos da equipe 9 do Rally da Safra durante visita à lavoura de soja na região do Matopiba
Técnicos da equipe 9 do Rally da Safra durante visita à lavoura de soja na região do Matopiba (safra)

O Rally da Safra 2018, maior levantamento da safra de grãos do país, revelou que produtividade de soja na região sul do Maranhão passou de 50,2 sacas/hectare para 53 sacas /hectare. A colheita esperada é de 2,6 milhões de toneladas com desempenho 4% superior a safra 2016/17.
O resultado positivo de produtividade recorde não só no Maranhão, mas também no Piauí e Tocantins (que formam a chamada região do Mapito), deve-se à chuva regular, lavouras uniformes e manejo adequado, diminuindo a pressão de pragas e doenças.
No período em que a Equipe 9 do Rally da Safra esteve na região, os técnicos realizaram amostras em lavouras com o objetivo de avaliar o potencial produtivo, níveis de fertilidade do solo, transgenia, presença de pragas, doenças e plantas daninhas, entre outros dados, além de reunir e visitar produtores.
Na maior parte do país, a regularidade do clima contribuiu para novos recordes, em algumas regiões o plantio atrasou, enquanto noutras áreas houve períodos de estiagem que puseram em risco o potencial produtivo. Mesmo assim, segundo a Agroconsult, organizadora do Rally da Safra, a produção deverá alcançar 118,9 milhões de toneladas – contra 114,6 milhões de toneladas na safra passada – e produtividade média de 56,5 sacas por hectare (56,3 sacas por hectare em 2016/17).
A área plantada cresceu para 35,1 milhões de hectares (ante 33,9 milhões de hectares em 2016/17). Essas são as estimativas do Rally da Safra 2018, principal expedição técnica privada para monitoramento da safra de grãos no país, que esteve em campo de janeiro a março.
“No início da safra, havia apreensão por conta do La Niña, que não se concretizou. A chuva irregular trouxe atraso no plantio. Na sequência, eventos climáticos afetaram áreas de produção importantes. Esse cenário indicava uma safra menor, mas, ao final, tivemos produção e produtividade acima das expectativas”, explica André Pessôa, sócio-diretor da Agroconsult. “Se o clima tivesse repetido o desempenho ou fosse tão regular quanto no ano passado, a safra brasileira de soja teria passado de 120 milhões de toneladas”.
Confirmando o que as equipes do Rally da Safra verificaram no ano passado, as lavouras demonstraram um novo patamar de potencial produtivo. “Os materiais que estão no campo apresentam tetos produtivos muito altos. Quem está investindo em tecnologia tem retorno e acaba se afastando da média dos produtores”, afirma André Pessôa. Somente as lavouras de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul não bateram recordes de produtividade.

Mais

Levantamento

O levantamento aconteceu em 500 municípios nos 13 principais estados produtores que correspondem a 95% da área de soja e 72% da área de milho: Mato Grosso, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins.

Números

12

Equipes participaram dessa que é a maior expedição privada do país de levantamento de safra de grãos

100

Mil km foram percorridos no período de janeiro a março deste ano pelas equipes do Rally da Safra

1.500

Amostras foram coletadas com o objetivo de avaliar o potencial produtivo das lavouras de soja

3.000

Contatos foram realizados pelos técnicos do Rally da Safra com produtores rurais dos 13 esstados

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