De tão acostumados a infringir leis - as eleitorais, por exemplo, parecem nem existir para eles -, os comunistas impressionam-se e até tentam ridicularizar quem as cumpre.
É o que está acontecendo com a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), nos últimos dias, depois de iniciada sua caravana pelo interior.
Desde sempre, a emedebista, que atua no estrito cumprimento da Lei das Eleições, tem deixado claro que o périplo dela Maranhão adentro é uma agenda para lideranças. Não são comícios, ou reuniões abertas.
Em Santa Inês, por exemplo, a quantidade de pessoas no primeiro ato de pré-campanha da ex-governadora apenas reforça a liderança que ela tem na região. Um evento fechado, restrito à classe política, que reuniu perto de 500 aliados.
Mas é difícil aos comunistas entender isso.
Principalmente uma semana depois de o governador Flávio Dino (PCdoB) dar mais uma demonstração de abuso da máquina administrativa em prol da sua candidatura à reeleição. Em Imperatriz, o chefão levou claque, distribuiu camisas, adesivos e mandou fazer um banner gigante.
Tudo o que a máquina pode - mas não deveria - proporcionar para um ato de clara campanha eleitoral antecipada.

Positivo
Aliados que acompanham a ex-governadora e lideranças de Santa Inês e Santa Luzia consideraram positiva a largada da caravana de Roseana.
Agradou aos mais próximos a receptividade popular por onde a emedebista passou nos primeiros dias de agenda.
Segundo apurou a coluna, a presença de líderes foi acima do esperado, principalmente em Santa Inês, onde uma reunião fechada acabou ganhando ares de grande evento.

Volta à cena
Do alto da experiência de quem já enfrentou quatro campanhas eleitorais, Roseana admitiu, após o primeiro dia de caravana, certo nervosismo.
Disse aos assessores que se sentiu um pouco tensa ao iniciar seu primeiro discurso quase oito anos após a última disputa eleitoral em que entrou.
Mas que ficou mais confortável diante da receptividade da plateia presente.

Bancada maior
A filiação dos deputados Neto Evangelista e Rogério Cafeteira fez subir para cinco o número de parlamentares do Democratas na Assembleia Legislativa.
Já integravam os quadros da legenda os deputados Antônio Pereira, Cabo Campos e Stênio Rezende.
Além deles, ainda pode se juntar à bancada do DEM na Casa o deputado Paulo Neto, atualmente no PSDC.

Transporte
A Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) realizará processo licitatório para a Coordenação de Planejamento do órgão.
Ocorre que há quase 20 anos o empresário Manoel Cruz Júnior está à frente desse setor com a sua empresa Consult Trans Consultoria Especializada Ltda., inclusive com sala na SMTT.
Interessados em participar da disputa temem pela lisura da licitação. "Leva jeito de carta marcada”, especulam.

Apoio com preço
Tem preço o apoio irrestrito que o deputado federal Juscelino Filho (DEM) tem dado ao governador Flávio Dino (PCdoB).
Presidente do Democratas no Maranhão e cada vez mais forte em Brasília, o parlamentar tem feito de tudo para manter o partido na base do comunista.
Motivo: uma empresa da esposa do deputado, a DIO-Diagnóstico por Imagem e Oftalmologia, mantém contratos pomposos com institutos que administram hospitais do Estado.

“Bonitão”
O deputado estadual Adriano Sarney (PV) proferiu um contundente discurso na abertura da caravana da ex-governadora Roseana Sarney.
Em Santa Inês, ele lembrou que o atual governador apenas inaugurou o hospital da cidade, que a emedebista deixou 90% pronto antes de sair do governo, em 2014.
- Roseana faz o Hospital Macrorregional e vem aqui o bonitão para inaugurar. Isso é roubo eleitoral. Todos sabemos que Roseana deixou o hospital pronto - destacou.

DE OLHO

R$ 149,5 mil foi quanto a DIO-Diagnóstico por Imagem e Oftalmologia, empresa da esposa de Juscelino Filho, recebeu em um mês, apenas por serviços prestados no Hospital de Pinheiro.

E MAIS

• A fábrica de fake news dos comunistas maranhenses nem esperou a campanha para começar a operar freneticamente.

• O deputado Eduardo Braide, pré-candidato do PMN ao Governo do Maranhão, esteve em Imperatriz, debatendo o projeto eleitoral com lideranças da Região Tocantina.

• Cresce nos meios jurídicos a tese de que a quadrilha de contrabando desbaratada pela Seccor há duas semanas será mesmo julgada pela Justiça Federal.

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