Violência na folia

Policiais militares serão treinados para atender casos de assédio à mulher

Treinamento servirá como meio de coibir e diminuir os casos de abuso nas ruas de São Luís, assim como dar o apoio a mulheres que sofrerem assédio

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33

Policiais militares que estarão nas ruas durante todo o período de Carnaval receberão treinamento que visa à real identificação dos casos de assédio contra mulheres durante os dias de folia. O treinamento será feito por meio da direção da Casa da Mulher Brasileira, no Comando Geral da Polícia Militar, no Calhau, no dia 1º de fevereiro, quinta-feira.

A delegada de polícia da Casa da Mulher, Wanda Moura Leite, destacou que o treinamento servirá como meio de coibir e diminuir os casos de abuso nas ruas de São Luís, assim como dar o apoio àquelas que, eventualmente, sofrerem algum tipo de assédio. “Os policiais militares saberão como identificar quando uma mulher denunciar um ato de assédio, para que não haja nenhuma dúvida ou punição indevida”, destacou.

Ela frisou ainda que as situações de assédio terão maior importância, também, após o período de festas, para que casos como o da balconista Lucy Gomes, não se repitam.

Caso
Lucy Gomes tem 22 anos, trabalha como balconista em um estabelecimento comercial e contou para a equipe de O Estado que os assédios ocorrem praticamente todos os dias. Ela contou que, no seu local de trabalho, existem homens. Porém, a maioria do público só aceita receber atendimento dela, por ser mulher. “É muito constrangedor, principalmente porque sei que eles querem que os atenda apenas para ‘tomar gosto’. Fico revoltada com essa situação, mas estou no meu ambiente de trabalho.
Caso faça algo, sou eu que posso ser prejudicada”, contou a jovem.

A balconista destacou ainda que os casos de assédio no seu local de trabalho aumentam anda mais durante os períodos festivos. “Já estou me preparando para o Carnaval, porque sei que cenas como essas vão se repetir”, lamentou-se Lucy Gomes.

Ações durante o Carnaval
O assédio contra a mulher ocorre diariamente. Porém, durante o período de Carnaval os casos de abuso verbal e corporal contra mulheres são observados com mais intensidade. Entre os abusos, a delegada Wanda Moura destaca que os de assédio verbal (quando o homem desrespeita as mulheres utilizando palavras indevidas para “chamar atenção”) e assédio corporal (quando o homem beija, pega em partes íntimas da mulher sem consentimento ou insisti no toque) já podem ser considerados abusos contra a mulher.

Diante desses casos, a delegada orienta: “Mulheres que sofrerem algum tipo de assédio e se sentirem prejudicadas devem imediatamente procurar o policiamento das ruas ou a Casa da Mulher Brasileira”.

SAIBA MAIS

A delegada Wanda Moura acrescentou que palestras e campanhas para conscientizar a população são feitas rotineiramente, com panfletos, ações em redes com material de apoio, entre outros. “Para que os casos diminuam,
é importante a conscientização, tentar conscientizar, e faremos isso repetidas vezes, até que os assédios contra mulheres e o desrespeito acabem”, disse a delegada.

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