SÃO LUÍS - Uma organização criminosa interestadual, acusada de locar veículos, principalmente de luxo, para revender a terceiros foi desarticulada ontem em uma incursão realizada pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), na Região Metropolitana de São Luís. Segundo a polícia, os criminosos agiam principalmente no Maranhão, Pernambuco e Ceará. O prejuízo das locadoras está em torno de R$ 500 mil. A polícia investiga a possibilidade de participação de funcionários públicos nessas ações.

Dois envolvidos nesse crime, Altevi Castro Gomes Júnior e Sandro Henrique Marques Bayma, foram presos ontem em São Luís, mas faltam ainda sete mandados de prisão a serem cumpridos, quatro no Maranhão, dois na capital cearense e um em Pernambuco.

O delegado Marconi Matos, titular da DRF, disse ontem que os dois criminosos, presos em sua residência no bairro Cohatrac, vão responder pelos crimes de organização criminosa e furto. Em poder deles, quatro veículos que seriam oriundos dessas ações, foram apreendidos. Os detidos foram levados para a sede da DRF, na Vila Palmeira, onde prestaram esclarecimentos e ainda ontem foram levados para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

A polícia realizou, também, buscas em outros bairros da Ilha para cumprir os outros mandados, mas não obteve sucesso. Já os mandados fora do Maranhão devem ser cumpridos ainda esta semana. “Esses criminosos mudam de endereço constantemente para dificultar o trabalho da polícia”, declarou o delegado.

Investigação

Marconi Matos disse que proprietários de algumas locadoras instaladas em São Luís, chegaram a denunciar, em dezembro de 2016 ao comandado da Secretaria de Segurança Pública (SSP), que os seus veículos estavam sendo furtados por quadrilheiros. A polícia começou a investigar e constatou que os criminosos utilizavam documentos falsos para alugar os veículos, adulteravam a documentação e em seguida os vendiam.

Ainda segundo o delegado, os veículos furtados na Ilha, geralmente eram vendidos a preço de mercado no interior ou em outros estados da região nordestina. Já os carros furtados fora do Maranhão eram vendidos em São Luís. A maioria desses veículos eram comercializados em uma feira na Cohab, conhecida como Pedra. Durante as investigações a polícia comprovou, nesse primeiro momento, o envolvimento de nove pessoas no esquema, seis deles residentes em São Luís.

Marconi Matos informou que as investigações prosseguem, já que a possibilidade de haver funcionários públicos envolvidos nesse esquema. “Há indícios de funcionários públicos no esquema da falsificação dos documentos dos veículos, mas já está comprovado que essa organização criminosa tem pessoas especializadas em adulterar a documentação desses carros”, explicou o delegado.

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