Varejo brasileiro

Varejo brasileiro deve perder mais de R$ 11 bilhões

Setor de vestuário, tecidos e calçados deve perder em torno de R$ 1,3 bilhão este ano

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33
Segmento de supermercados deve deixar de faturar cerca de R$ 2,7 bi
Segmento de supermercados deve deixar de faturar cerca de R$ 2,7 bi

São Paulo

O comércio varejista brasileiro deve perder R$ 11,3 bilhões este ano em decorrência dos feriados nacionais e “pontes” (feriados que caem em dias próximos ao final de semana), montante 15% superior ao dado projetado em 2017, de acordo com estimativas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomércioSP). Esse aumento é motivado exclusivamente pela projeção de crescimento nas vendas do comércio para o próximo ano, uma vez que o número de feriados e pontes em 2018 será o mesmo que em 2017.
As perdas das lojas de vestuário, tecidos e calçados devem atingir R$ 1,3 bilhão, crescimento de 25% em relação a 2017, a maior taxa de crescimento entre as cinco atividades avaliadas. Em termos de faturamento, o destaque é o segmento de outras atividades, que perderá em torno de R$ 4,6 bilhões, 13% a mais que em 2017. É importante ressaltar que nesse grupo, é preponderante o comércio de combustíveis, além de joias e relógios, artigos de papelaria, entre outros.
Já os setores ligados aos bens essenciais devem participar com 38% do total da perda no próximo ano. Segundo as estimativas da Federação, o segmento de supermercados deve deixar de faturar pouco mais de R$ 2,7 bilhões, 7% acima do calculado para 2017, enquanto as farmácias e perfumarias tendem a registrar perda de R$ 1,6 bilhão, 18% superior a 2017.
Nos cálculos, a Fecomércio-SP desconsiderou os feriados estaduais e municipais, que também prejudicam, em média, a atividade comercial. Além disso, foram excluídos os setores que comercializam bens duráveis, como veículos, eletrodomésticos e materiais de construção, pois são consumos planejados, de modo que, independentemente de feriados ou pontes, a compra será realizada.
Assim, o estudo se limitou aos feriados nacionais e aos setores passíveis de sofrerem uma redução no ritmo de vendas, em que a compra por impulso é relevante, uma vez que os produtos, em grande parte, têm valor unitário mais baixo, como os que compõem o setor de roupas e calçados e perfumaria e cosméticos. Os impactos da Copa do Mundo, que será realizada entre os meses de junho e julho, em que o Brasil jogará em dias de semana, também não foram considerados.

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