Economia brasileira

Economia brasileira sinaliza para mais solidez neste ano

Na avaliação de economista e de líderes empresariais maranhenses, o país deve continuar a curva ascendente, com perspectivas ainda melhores em 2018, mesmo com a permanência do déficit fiscal, sem solução a curto prazo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33
José Cursino: projeções apontam para crescimento; Felipe Mussalém: classe vislumbra otimismo; Fábio Ribeiro projeta ritmo ascendente na economia; José Arteiro da Silva avalia condições favoráveis
José Cursino: projeções apontam para crescimento; Felipe Mussalém: classe vislumbra otimismo; Fábio Ribeiro projeta ritmo ascendente na economia; José Arteiro da Silva avalia condições favoráveis

Diante dos dados positivos apresentados pela economia brasileira em 2017, após um longo período de recessão, as perspectivas para 2018 são melhores, na visão de economistas e de líderes empresariais maranhenses, que apostam em crescimento mais significante neste novo ano.
“Acho que o melhor prognóstico para a economia brasileira é a continuidade do surpreendentemente rápido processo de recuperação que se viu em 2017. Saindo de uma profunda recessão de longa duração, é de fato surpreendente que tenha havido crescimento no ano passado, mesmo que muito pequeno”, acentuou o economista José Cursino Raposo Moreira.
Segundo ele, as projeções para 2018 apontam para crescimento de até 3%, além do que inflação controlada e juros bem mais baixos constituem a parte positiva, mesmo cenário que se vislumbra no setor externo. “Contudo, permanece a grande ameaça do déficit fiscal, cuja solução não existirá a curto prazo, mesmo que se aprove, como deveria aprovar, a reforma da previdência. Isto significa a possibilidade de aumento de tributação”, avalia.
Outro problema apontado por José Cursino Raposo é o emprego, que só terá crescimento na área formal quando os investimentos deslancharem. “Por enquanto, vai crescendo o emprego conta própria. Contudo, acho que o crescimento do conta própria tem a ver com a questão das mudanças estruturais da produção e com a baixa produtividade de nossa mão de obra, reflexo da falta de qualidade da nossa educação”, observou.
Para o presidente da Associação Comercial do Maranhão (ACM), Felipe Mussalém, após um ano que foi marcado por incertezas e superação, 2017 se despediu dando sinais de que pode se esperar um 2018 com economia mais sólida.
“O desemprego e a inflação recuaram, e o PIB já mostra sinais de crescimento. O Maranhão acompanhou essa tendência e a classe empresarial já vislumbra otimismo. Claro que com cautela, uma vez que será ano eleitoral”, lembrou Felipe Mussalém.
Também otimista, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís (CDL), Fábio Ribeiro, ressaltou que a economia obteve um leve crescimento a partir do segundo semestre de 2017 e que, dependendo das reformas que estão por vir, da manutenção da taxa Selic em baixa e do controle da inflação, poderá sim continuar em ritmo ascendente.

Relatório Focus
Ao analisar os números do Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, que apresenta as expectativas dos economistas para o país, com o mercado financeiro prevendo que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresça 0,96% em 2017 e 2,64% em 2018 e a expectativa do governo de que esse crescimento seja de 1,1% do PIB em 2017 e de 3% em 2018, presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Maranhão (Fecomércio/MA), José Arteiro da Silva, disse que, independente de quem acerte nas previsões, o fato é que o Brasil volta a apresentar crescimento da atividade econômica após dois anos de recessão.
Segundo José Arteiro, os reflexos desse movimento de recuperação já podem ser sentidos, por exemplo, no mercado de trabalho. Tomando-se por base os meses de setembro e outubro de 2017, período em que se efetivou uma aceleração mais evidente na atividade comercial maranhense, o comércio varejista do estado apesentou elevações de 10,2% e 5,0%, respectivamente, no volume de vendas, resultando em um crescimento acumulado de 2,7% nos 12 meses até outubro.
Com esses números, o mercado de trabalho, consequentemente, também apresentou resultados positivos. Ainda nos meses de setembro e outubro, o Maranhão apresentou um saldo líquido de 1.029 contratações com carteira assinada somente no comércio, enquanto nessa mesma época no ano passado esse número não passava de 687 postos de trabalho criados.
O presidente da Fecomércio/MA ainda assinalou que, aliado a esse cenário de retomada das vendas e fortalecimento do mercado de trabalho, a inflação, sob controle, também cria as condições favoráveis para a adoção de políticas monetárias de flexibilização e abertura de crédito para impulsionar a atividade econômica em 2018.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.