Os escândalos na Secretaria Estadual de Saúde (SES) ficarão, ao que parece, sem nenhuma resposta do governador Flávio Dino (PCdoB). Isso porque o comunista decidiu se calar completamente sobre a lista de funcionários fantasmas enviada para o governo pela Polícia Federal (PF) e também pelo silêncio em torno do vídeo que mostra a discussão da deputada aliada do comunista, Ana do Gás, exigindo que fossem registrados pontos de presença de servidora em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mesmo sem esta não comparecer ao trabalho.
O silêncio de Flávio Dino em relação a Ana do Gás já era esperado. O comunista usa a mesma estratégia quando da denúncia contra outro aliado, Levi Pontes, deputado do PCdoB, flagrado negociando pescado comprado pela Prefeitura de Chapadinha para benefício político seu.
Dino não somente silenciou sobre o deputado, assim como seu partido também. Na verdade, o governador silenciou sobre o caso somente para a sociedade, pois nos bastidores políticos ele usou sua força para livrar o deputado aliado de denúncia na Comissão de Ética da Assembleia.
E no caso de Ana do Gás, se preciso for, Flávio Dino agirá da mesma forma.
Já em relação à lista da PF, o que causou estranheza foi o recuo do comunista após a polícia apresentar a lista com os 424 servidores fantasmas da SES. Antes da lista ser encaminhada ao governo, Dino usava as redes sociais para debochar e tentar desacreditar a PF alegando que de fantasmas existia somente a lista que nunca tinha sido apresentada.
Só que os fantasmas da Saúde existem e, pelo andar da carruagem, permanecerão assombrando o dinheiro público, que cai de forma ilegal em suas contas bancárias.

Declaração infeliz
Não foi recebida muito bem a suposta declaração do secretário estadual de Segurança, Jefferson Portela, sobre a linha de investigação do assassinato do ex-prefeito Nenzin.
Portela teria dito que o principal suspeito seria o filho da vítima, Júnior Nenzin, que estava com o ex-prefeito no momento em que este foi atingindo no pescoço por uma bala.
Para aliados do deputado Rigo Teles, essa foi a maneira que Portela encontrou para afastar a hipótese de mais um crime de pistolagem no Maranhão.

Sem-noção
Essa não é a primeira vez que Jefferson Portela desrespeita a família de alguma vítima de crimes que chocaram a sociedade.
Na época do assassinato do mecânico Irialdo Batalha, em Vitória do Mearim, Portela chegou a afirmar que o rapaz era marginal, versão que chegou a ser distribuída em nota oficial pelo governo.
Portela também não levou em consideração a dor da família do policial militar Max Miller, assassinado em uma chacina em Panaquatira. O secretário afirmou que a culpa da chacina era do PM, que reagiu ao assalto.

Despedida
A ex-governadora Roseana Sarney e o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, foram se despedir do ex-prefeito Nenzin, em Barra do Corda.
Eles foram ao velório se solidarizar com a família do aliado e também acompanharam o enterro do ex-prefeito.
Nas conversas que teve, a ex-governadora disse que é necessário que o crime seja logo elucidado e os culpados, presos.

Disponível
Depois da pressão da presidente do Conselho Nacional de Justiça, Cármen Lúcia, o Tribunal de Justiça disponibilizou os dados com os salários dos magistrados maranhenses.
Até na última terça-feira, o TJ não havia enviado os dados para o CNJ, conforme determinação. Alegou problema técnico para não cumprir o que disse o conselho.
Mas na quarta-feira, 6, o problema foi resolvido e os valores que recebem juízes e desembargadores já estão disponibilizados no site do CNJ. Basta acessar para saber.

Emenda impositiva
Na Câmara Municipal de São Luís, foi apresentada uma proposta para tornar as emendas parlamentares impositivas.
O projeto é da Mesa Diretora e vai ser lido na sessão da próxima segunda-feira, 11, e posto em pauta para votação até a sessão da quarta-feira, 13.
A ideia dos vereadores é obrigar o Poder Executivo a liberar as emendas sem precisar das negociações políticas como é de praxe entre o Legislativo e a Prefeitura.

Disponibilizados
O Supremo Tribunal Federal já está com os dados bancários da esposa do deputado federal Waldir Maranhão (PP). Foi o que informou a coluna Expresso.com, da Revista Época.
A decisão para que o Banco do Brasil enviasse os dados da esposa de Maranhão foi do ministro relator de um inquérito contra o deputado, Marco Aurélio de Mello.
A Procuradoria Geral de Justiça desconfia que Waldir Maranhão usava a conta bancária da esposa para receber dinheiro oriundo de propinas.

DE OLHO

R$ 6,6 milhões é o valor do contrato da Secretaria Estadual da Fazenda com a empresa Intelit para aquisição de soluções de alta performance integrada e especializada em armazenamento.

E MAIS

• O prefeito de São José de Ribamar, Luís Fernando Silva, continua fazendo uma gestão fraca, sem qualquer ação de impacto.

• O que Luís Fernando mais faz, na verdade, é reclamar que o município está com problemas financeiros e investimentos não podem ocorrer. Solução, que é bom...

• Os debates sobre a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de São Luís esfriaram um pouco. Talvez esquentem durante o recesso, quando as negociações deverão aumentar.

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