Aliados do governador Flávio Dino (PCdoB) seguem com a estratégia de ofensiva contra a Polícia Federal (PF), por causa do desgaste provocado ao Palácio dos Leões, após a deflagração da Operação Pegadores, que identificou a atuação de uma organização criminosa na estrutura da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e desvios de mais de R$ 18 milhões dos cofres públicos.
O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Rogério Cafeteira (PSB) e o secretário de Estado de Comunicação e Assuntos Políticos, Marcio Jerry (PCdoB), questionaram as ações.
Apesar do recuo após a divulgação de trecho do relatório policial, que mostrou citação a seu nome em interceptações telefônicas feitas pela PF, Jerry compartilhou em seu perfil no twitter, publicação de blog alinhado ao Palácio dos Leões que atacava a PF.
A publicação tenta desconstruir a informação da PF de que foram identificados mais de 400 funcionários fantasmas na SES. No texto há a sustentação da tese de que houve equívoco da PF.
“E a lista segue caindo”, afirmou Marcio Jerry.
Já o líder do Governo na Assembleia, Rogério Cafeteira, que articulou veto a uma Moção de Aplauso à PF proposto pelo oposicionista Wellington do Curso (PP), criticou a “espetacularização” do tema.
Para ele, há uso político da ação policial.
“[...] Eu aqui não quero discutir a questão específica dessa operação, que, no meu entendimento, possui algumas contradições e algumas falhas. Mas acho que o local de debate não é tribuna da Assembleia. Eu acho que os órgãos de controle e fiscalização devem fazer, no seu âmbito, essa fiscalização e essa investigação”, salientou.
Apesar de ter afirmado que apoia as ações da PF e dos órgãos de controle, Cafeteira ironizou, em seu perfil no twitter, a afirmação da PF de que há funcionários fantasmas na SES.
“Depois que o sorvete da oposição derreteu, a lista dos fantasmas se transformou em ‘lista fantasma’. Para quem preferir pode chamar também de lista de pé de cobra”, disse.
Saiba Mais
Desde a deflagração da Operação Pegadores, o governador Flávio Dino e aliados do comunista têm tentado desqualificar as acusações. Além de identificar a atuação de uma organização criminosa e de apontar desvios de mais de R$ 18 milhões, a PF efetuou a prisão de 18 pessoas. Dentre os presos, na ocasião, a ex-secretária adjunto de Saúde, Rosângela Curado (PDT), que já está em liberdade. Curado foi candidata a prefeita da cidade de Imperatriz em 2016 com o apoio do Palácio dos Leões. Segundo a PF, ela coordenou esquemas de desvio de dinheiro público mesmo depois de ter sido demitida da Saúde.
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