BRASÍLIA - Nesta quinta-feira, 30, o Ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, afirmou que o PSDB "não rompeu com o governo" e que decisão final sobre participação do partido na Esplanada dos Ministérios cabe ao presidente Michel Temer.
A declaração foi dada após o tucano participar de uma reunião na Executiva do partido, em Brasília. Na quarta-feira, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, havia afirmado que o PSDB não fazia mais parte base de sustentação do governo Michel Temer, lembrando que o comando nacional do partido já anunciou sua disposição em desembarcar do campo governista.
"O PSDB não rompeu com o governo. O PSDB apoia o programa do governo. A participação ou do PSDB no governo cabe ao presidente [Michel Temer]", garantiu, contudo, Aloysio Nunes.
"O PSDB não está mais na base de sustentação do governo federal. O PSDB já disse que vai sair. Nós vamos fazer de tudo para manter a nossa base de governo e um projeto único de poder para 2018", disse o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, na quarta-feira. Contudo, ele admitiu que o presidente Michel Temer poderá manter nomes do partido na sua cota pessoal. "Uma coisa é um ministro que está no governo representando um partido. Outra coisa é o presidente manter alguém como representante de sua cota pessoal", disse.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que deverá ser aclamado presidente do PSDB na convenção nacional do partido, no próximo dia 9, tem afirmado em entrevistas que a legenda desembarcará do governo. Temer se reunirá no final de semana com Alckmin para discutir o assunto.
Padilha acrescentou que, mesmo com a saída do PSDB, o Palácio do Planalto espera que o partido vote favoravelmente à reforma previdenciária. "Por tudo que sei da posição histórica do PSDB, a reforma previdenciária se encaixa plenamente [à ideologia do partido]. Inclusive a proposta original enviada pelo governo federal", disse.
O ministro ainda acrescentou que não excluiu um eventual acordo entre PSDB e PMDB para 2018. "Não estamos excluindo ninguém, mas estamos colocando uma condição. Se o candidato do PSDB disser que defende o legado do presidente, há a possibilidade de uma aliança."
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