Utilidade pública

Troca de adutora suspenderá abastecimento de água em SL

159 bairros da capital serão atingidos; medida ocorrerá a partir das 6h do dia 6 de dezembro e é necessária para a ser feita a migração do Sistema Italuís antigo para a nova estrutura

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
A nova tubulação do Sistema Italuís, que possibilitará maior oferta de água na capital
A nova tubulação do Sistema Italuís, que possibilitará maior oferta de água na capital (A nova tubulação do Sistema Italuís, que possibilitará maior oferta de água na capital)

SÃO LUÍS - A população de São Luís terá o abastecimento de água suspenso a partir das 6h do dia 6 de dezembro em virtude da migração do Sistema Italuís antigo para a nova adutora, cujas obras – de acordo com o Governo do Estado – serão finalizadas até o fim de ano após seis adiamentos nos últimos três anos. Com a suspensão no abastecimento - que deverá cessar no dia 9 de dezembro -, 159 bairros da cidade serão prejudicados, de acordo com a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema). O órgão não informou quais as localidades afetadas.

A direção da Caema não deu mais detalhes sobre o procedimento de troca de adutora. Em reportagem publicada no site oficial do governo, às 18h do dia 24 deste mês, a direção do órgão limitou-se a dizer que o procedimento de troca “obedecerá a padrões internacionais”. O governo também não informou se a mudança do Sistema Italuís para a nova estrutura será um teste ou se corresponderá a última fase das obras da adutora. A Caema recomenda aos moradores dos bairros atingidos que “economizem e armazenem água para um período de três dias sem abastecimento”.

No total, de acordo com dados do governo, foram aplicados R$ 134 milhões na substituição dos 19 quilômetros do trecho da adutora que passa ao lado da BR-135, no trecho do Campo de Peris. A estrutura antiga funciona desde 1982 e, de acordo com especialistas, a vida útil da tubulação expirou há pelo menos 10 anos.

As obras de instalação da nova adutora do Sistema Italuís começaram em 2012. À época, de acordo com o governo, foram garantidos os recursos necessários para a execução dos serviços. Apesar disso, a atual gestão estadual alegou que “necessitava fazer ajustes técnicos para a entrega da obra”. O primeiro prazo de entrega foi estipulado em agosto de 2015. Na ocasião, a direção da Caema informou que a adutora seria entregue em até “dois meses”, o que não ocorreu.

Meses depois, um novo prazo foi fixado. Desta vez, ainda segundo o governo, a adutora ficaria pronta em julho do ano passado. Sem justificativa, a gestão estadual deu novo prazo para entrega: outubro de 2016. A meta novamente não foi cumprida. Em 2017, a direção da Caema deu pelo menos mais dois prazos: junho e setembro também descumpridos.

A atual gestão da Caema informou ainda que foram necessários aditivos, ou seja, recursos extras para a conclusão dos serviços no Italuís. A direção do órgão não informou qual o total de valores suplementares necessários. Segundo a Caema, “houve atrasos no encaminhamento destes aditivos”.

Capacidade

Segundo a Caema, com a entrega da nova adutora, a produção do Italuís terá um acréscimo de 30% na capacidade atual. De acordo com o governo, com as obras será finalizado o chamado “rodízio de água”, algo comum em bairros da capital maranhense, especialmente os da periferia.

Números

19 km é a extensão da nova adutora do Sistema Italuís

1.500 tubos de aço patinável

12 metros é o comprimento de cada tubo

1,40 metro é o diâmetro de cada tubo

R$ 134 milhões é o valor aproximado do investimento

Fonte: Caema

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