Déficit primário

Com ajuste, Meirelles diz que déficit primário será revertido em 2021

Ministro da Fazenda destacou que, para se atingir um resultado positivo nas contas do governo, é necessário que as reformas continuem avançando

Atualizada em 11/10/2022 às 12h35
Meirelles disse que a partir de 2021 déficit primário será revertido
Meirelles disse que a partir de 2021 déficit primário será revertido

Brasília

O governo apresentou, ontem, os novos parâmetros da proposta orçamentária de 2018. Segundo dados do Ministério do Planejamento, o salário mínimo, que estava fixado originalmente em R$ 969, foi reduzido em R$ 4,00, para R$ 965.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse hoje que, mantidas as previsões de ajuste fiscal projetadas pelo governo, a partir de 2021 o déficit primário será revertido, apresentando números positivos crescentes que deverão chegar a um superávit de 2,4% em 2026. A afirmação foi feita durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Meirelles destacou que, para se atingir esse resultado, é necessário que as reformas continuem avançando. “A aprovação das reformas possibilitará, inclusive, a redução dos juros reais de forma sólida para o Brasil”, acrescentou. Segundo ele, o ajuste “tem de vir de mudanças na despesa obrigatória, em especial, da Previdência”.
Perguntado sobre como recebia o resultado de uma recente consulta feita pelo Senado a especialistas, segundo a qual a Previdência não seria deficitária, Meirelles disse que “essa questão não deve ser objeto de opinião”, e que os cálculos não levam em conta gastos com saúde e assistência social.

Argumentação
“O que é importante são as avaliações independentes. Temos avaliações de órgãos internacionais como a OCDE [Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico], que concluem pela existência de déficit importante da Previdência no Brasil. Nós, inclusive, já respondemos isso com uma base de dados enviada a parlamentares”, acrescentou o ministro.
Em resposta a indagações sobre a previsão de redução do valor projetado para o salário-mínimo - de R$ 969 para R$ 965, conforme revisão orçamentária anunciada pelo ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira -, Meirelles voltou a dizer que isso também “não é uma questão de opinião”, nem de boa vontade.
“O reajuste para menos é calculado por lei, e leva em conta o INPC [Índice Nacional de Preços ao Consumidor] e o crescimento do PIB” (Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) disse o ministro.

Desemprego ainda deve demorar a cair, diz Ipea

Apesar da retomada do nível de atividade econômica no país, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) avalia que ainda é prematuro falar em tendência à queda da taxa de desemprego. A informação consta da 63ª edição do Boletim Mercado de Trabalho, divulgado ontem (31) pelo instituto.
No trimestre encerrado em setembro, a desocupação atingiu o índice mais baixo do ano, de 12,4%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - o que representa um recuo de 0,6 ponto percentual em comparação com o segundo trimestre, finalizado em junho.
De acordo com os técnicos do Ipea, a efetiva redução do desemprego é prejudicada por ao menos dois motivos. Primeiro, porque a maior oferta de vagas de trabalho está concentrada no setor informal. E também porque que os efeitos da recuperação econômica demorem a se refletir no mercado.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.