O jogo do PT maranhense

Atualizada em 11/10/2022 às 12h35

As correntes que disputam o controle do PT maranhense têm, cada uma, as próprias estratégias para atingir um mesmo objetivo em 2018: estar na chapa do governo comunista que visa disputar a reeleição. E todas elas querem a vaga de vice na chapa de Flávio Dino.
O problema é que faltam nomes com consistência a essas correntes.
Até agora, surgiram com opção nos diferentes grupos os deputados Zé Carlos da Caixa e Zé Inácio. Corre por fora o agora ex-secretário Márcio Jardim, este focando mais o Senado do que a vice, embora saiba que, para essa vaga, a lista é gigantesca e envolve outros interesses e partidos.
O problema é a submissão do atual presidente da legenda, Augusto Lobato, aos interesses do governador Flávio Dino. Se depender de Lobato, Dino toma a decisão que quiser em relação ao PT e será, mesmo assim, apoiado pela legenda nas eleições de 2018. E isso irrita as correntes que se engalfinham por um espaço confortável na chapa comunista.
Sem expressão política para sentar à mesa do mesmo tamanho que o governador, os petistas tentam apelar para a direção nacional. Querem envolver os ex-presidentes Lula e Dilma nas discussões sobre a participação do PT nas eleições de 2018.
Ocorre que, para as duas lideranças petistas, as ações de Dino durante o processo de impeachment - e mesmo agora, com as ameaças de prisão a Lula - já o credenciaram a ter o apoio. Independentemente da situação de cada petista maranhense.

Se é bom, fica
Estranha a posição dos deputados estaduais governistas na sessão de ontem, na Assembleia Legislativa.
Todos eles foram à tribuna para elogiar o trabalho do ex-secretário Márcio Jardim à frente da Secretaria de Esportes.
Ora, se o petista era tão bom no cargo, por que foi exonerado pelo governador Flávio Dino (PCdoB)?

Pelo poder
A exoneração de Jardim - e as declarações dos parlamentares - mostram que Flávio Dino pouco ou nada está preocupado com a excelência de sua gestão.
Ele usa claramente o seu governo para negociar apoios ao seu projeto de reeleição, pouco importando quem será nomeado para o posto.
Sem projeto definido para o Maranhão, o comunista se preocupa, apenas, com a manutenção do próprio poder.

Fim de governo
Novas quedas no secretariado dinista estão previstas para antes do período de saída dos auxiliares que serão candidatos em 2018.
E todas as substituições obedecerão a um único critério definido: o poder do indicado em atrair votos para o governador.
As negociações de Dino mostram que o governo iniciado em 2015 acabou antes mesmo do fim.

Sem obra
A revelação da Secretaria de Infraestrutura, de que apenas na semana que vem as obras de construção da Delegacia de Barra do Corda vão começar, desmente o próprio governo.
Os comunistas tentaram vender a informação de que estavam em plena construção de um novo prédio para a delegacia.
A falta da obra - que tinha dinheiro disponível desde 2014 - foi um dos fatores que resultaram na morte do empresário Francisco Edinei Lima.
Nem aí
Nem a inclusão do seu nome em uma pesquisa de intenções de votos sobre o governo animou o deputado Eduardo Braide (PMN) a concorrer ao governo.
O parlamentar está focado na eleição para a Câmara Federal, com projeto já definido para 2020.
Ele quer ser o sucessor do prefeito Edivaldo Júnior (PDT) no comando de São Luís.

Senador
O PRTB quer disputar uma vaga de senador pelo Maranhão nas eleições de 2018.
O partido, presidido no estado pelo ex-secretário Márcio Coutinho, apresentou, semana passada, o empresário Samuel de Itapecuru como opção para a disputa.
O nome de Samuel será agora avaliado pelos demais dirigentes partidários e pela militância, para iniciar a campanha.

DE OLHO

R$ 500 milhões É quanto o governo Flávio Dino quer arrancar a mais em impostos da população em pleno ano eleitoral de 2018

E MAIS

• O líder Rogério Cafeteira puxou o cordão dos defensores de Márcio Jardim, sem perceber que estavam questionando a decisão do próprio chefe, Flávio Dino.

• Agora alinhado ao projeto comunista de poder, o deputado federal André Fufuca deve fumar o cachimbo da paz com o colega Waldir Maranhão.

• O deputado estadual Wellington do Curso não tem pretensão de apoiar o governo Flávio Dino, mesmo com o seu PP na base governista.

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