Lucro de estatais

Lucro de estatais no 1º semestre foi de quase 20%

Resultado é fruto de ações de redução de custos que o governo vem implantando, diz secretário

Atualizada em 11/10/2022 às 12h35

Brasília

Conglomerados estatais federais tiveram aumento de 19,6% no lucro registrado no primeiro semestre deste ano - de R$ 17,3 bilhões - em comparação com o primeiro semestre do ano passado, quando o lucro foi de R$ 14,5 bilhões.
Os números se referem a cinco grupos que representam mais de 95% dos ativos totais e do patrimônio líquido de Petrobras, Eletrobras, Caixa, Banco do Brasil e Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). Os dados fazem parte da terceira edição do Boletim das Empresas Estatais, divulgada ontem pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Para o secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, Fernando Antonio Soares, o resultado é fruto do conjunto de ações que o governo vem implantando. "Cada empresa tem uma identidade, mas a lógica de reestruturá-las, no sentido de redução de custos e ampliação de receitas, a busca por negócios que venham a dar mais resultados, isso tem sido uma prática [comum]", disse.
Entre as práticas, o secretário cita programas de desligamento voluntário (PDVs) ocorridos em pelo menos 15 empresas estatais. "Os PDVs estão sendo extremamente bem sucedidos. Na hora, posso ter uma despesa inicial, mas em sete ou oito meses já passou o PDV e, depois, isso se transforma em economia para a empresa".
De acordo com o boletim, entre os grupos analisados, o maior crescimento foi do grupo Petrobras, que saiu do lucro de R$ 518 milhões, no primeiro semestre de 2016, para R$ 5,1 bilhões, no mesmo período de 2017. Já a Eletrobras teve uma queda de 80,6% no mesmo período.
Segundo o secretário, a queda se deve à entrada de receita não recorrente na empresa, contabilizada ano passado, com o pagamento de indenização estabelecida pela Medida Provisória 579, que fez aumentar muito os lucros. Soares disse acreditar que a empresa estará melhor no final do ano. O governo pretende concluir a privatização da Eletrobras ainda no primeiro semestre de 2018.
No total, segundo o boletim, há 150 empresas estatais federais, sendo 48 controladas diretamente pela União. Em relação ao último boletim, apenas uma estatal foi reduzida, a Nova Transportadora do Sudeste S.A., do grupo Petrobras, que teve o desinvestimento de 90%, operação que gerou US$ 4,23 bilhões. "Dou certeza de que esse número irá reduzir [nos próximos boletins]", diz Soares.

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