Cartões de crédito

39% dos usuários de cartão de crédito elevaram valor da fatura

Levantamento do Indicador de Uso do Crédito da CNDL e SPC Brasil revela que o brasileiro está utilizando o chamado ‘dinheiro de plástico’ para fazer, principalmente, compras básicas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
De acordo com a sondagem, valor médio das faturas foi de R$ 883
De acordo com a sondagem, valor médio das faturas foi de R$ 883

Brasília

Em cada 10 usuários de cartão de crédito no Brasil, quatro (39%) aumentaram o valor da fatura no último mês de julho, segundo dados apurados pelo Indicador de Uso do Crédito da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). Para 33% dos consumidores ouvidos, a fatura se manteve estável na comparação com o mês anterior à pesquisa, enquanto 24% conseguiram diminuir o valor cobrado. Segundo a sondagem, o valor médio das faturas em julho foi de R$ 883.
O levantamento revela que o brasileiro está utilizando o chamado ‘dinheiro de plástico’ para fazer, principalmente, compras básicas e de primeira necessidade. Produtos de supermercados (62%), remédios e itens de farmácia (49%) e combustível (30%) encabeçam a lista dos produtos mais adquiridos via cartão. Outras compras também realizadas recentemente no crédito foram a aquisição de roupas, calçados e acessórios (29%), idas a bares e restaurantes (28%) e recargas para celular pré-pago (20%).
“Os dados sugerem que o brasileiro está recorrendo ao crédito para compras do dia a dia, inclusive mantimentos. A orientação é que, independentemente do tipo de aquisição ou dos valores, o cartão pode ser um aliado do orçamento e, não necessariamente, um vilão. Tudo depende da maturidade e do grau de organização do seu usuário. Se ele não pagar a fatura integral e acabar optando pelo rotativo ou parcelamento, vai arcar com uma taxa de juros que pode chegar até a 500%, em média”, alerta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Modalidade
Quarenta e dois por cento usaram alguma modalidade de crédito, mas 61% dos que tentaram fazer compra parcelada tiveram o pedido negado
Dados apurados pelo SPC Brasil e pela CNDL revelam que 42% dos consumidores brasileiros recorreram a alguma modalidade crédito no último mês de julho, sendo que a mais utilizada é o cartão de crédito, mencionado por 37% das pessoas consultadas.
Em segundo lugar aparecem o cartão de loja e o crediário com 13% de menções. Completam o ranking o limite do cheque especial (6%), empréstimos (4%) e financiamentos (4%). O percentual de brasileiros que não recorreram às compras a prazo ou empréstimos de recursos financeiros no último mês de julho somam 58% da amostra.
De forma geral, o Indicador de Uso do Crédito registrou 27,4 pontos em julho. O resultado ficou próximo da média dos seis meses anteriores, situada em 27,2 pontos. O indicador varia de zero a 100 pontos e busca medir o uso das principais modalidades de crédito pelos consumidores brasileiros. Quanto mais próximo de 100, maior o número de usuários e de frequência no uso das modalidades.
Em julho, entre os consumidores que tentaram obter crédito em loja, 61% tiveram o pedido negado, sendo que a razão principal foi a inadimplência (9%).

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