Aula normal

Escolas municipais voltam a funcionar com fim de greve

Professores declaram suspensa a paralisação até o Ministério Público dar parecer das reivindicações

Robert Willian / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
Professores em greve permaneceram na Semed até o domingo
Professores em greve permaneceram na Semed até o domingo (greve)

Após uma greve que suspendeu as aulas em algumas escolas da rede municipal de ensino por mais de um mês, ontem os professores retornaram às salas de aula com a suspensão do movimento, após intervenção do Ministério Público.
Em algumas escolas, com a volta às aulas, já começaram os ensaios e preparos para os desfiles cívicos, em alusão à Semana da Pátria.

Os professores da rede municipal declararam greve no dia 2 de agosto. Nesse dia, os grevistas visitaram várias escolas que apresentavam risco aos que por ali passariam diariamente.

Além disso, os professores reivindicavam a negociação, entre Prefeitura e classe, do reajuste salarial de 2017. Eles ficaram insatisfeitos, depois de a Prefeitura de São Luís não oferecer nenhuma forma de reajuste aos profissionais do magistério na última mesa de negociação.

A presidente do Sindeducação, Elisabeth Ribeiro Castelo Branco, disse que, apesar de suspensa, a greve não estaria encerrada totalmente. “Finalmente, o Ministério Público interviu e deu um prazo para que nossas reivindicações sejam atendidas. A greve não acabou. Apenas foi suspensa, até que este parecer seja liberado”, concluiu.

Intervenção
Os promotores de Justiça de Defesa da Educação de São Luís, Paulo Avelar Silva e Maria Luciane Belo, acompanharam a desocupação do prédio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) pelos docentes municipais, realizada no domingo, ao meio-dia. O edifício, localizado no São Francisco, estava sendo ocupado pelos professores em razão da greve iniciada no dia 1º de agosto.

Antes da saída do prédio, os professores confirmaram em assembleia a suspensão da greve. Em contrapartida, a Semed prometeu repor, até o dia 15 deste mês, os valores descontados dos salários dos professores referentes aos 13 dias de paralisação.

Sobre o reajuste de 7,64% no salário dos professores, reivindicado pela categoria, uma equipe técnica do Ministério Público do Maranhão, auxiliada por técnicos do Sindeducação e da Semed, deverá avaliar, no prazo de 20 dias úteis, as contas do Município de São Luís para verificar se existe possibilidade de concessão de algum reajuste para os profissionais docentes.
Durante a desocupação do prédio, os representantes do Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação) solicitaram aos promotores de Justiça que confirmassem a limpeza e a integridade do patrimônio da sede da Semed.

SAIBA MAIS

As propostas, que culminaram na suspensão da greve e na desocupação da sede da Semed, foram acertadas em reunião mediada pelo Ministério Público do Maranhão, realizada, na sexta-feira, 1º de setembro, na Procuradoria Geral de Justiça. Na quinta-feira, 31 de agosto, as Promotorias de Justiça da Defesa da Educação de São Luís promoveram uma audiência pública que também tratou de questões relativas ao setor na capital.

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