Novo calendário

Estudantes do Município têm aulas de reposição no sábado

Medida serve para repor os dias sem aula, por causa da greve de professores, de maio a julho deste ano; aulas seguem até fevereiro de 2017

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46
Em escola no Bequimão, alunos assistem a aulas durante o sábado
Em escola no Bequimão, alunos assistem a aulas durante o sábado (Estudantes)

Alunos da rede pública municipal de ensino estão assistindo aula aos sábados para recuperar os dias letivos perdidos durante a greve dos professores este ano. A reposição dos dias perdidos começou ainda no mês de julho, que seria de férias, mas a Secretaria Municipal de Educação (Semed) ampliou a carga horária para alguns professores, a fim de que, durante o período de férias, fosse atendida a demanda dos estudantes que estão com o calendário escolar atrasado. Aulas aos fins de semana devem acontecer até o início de 2017.

Quando do fim da greve dos professores da rede municipal de ensino, a Semed informou que os professores que se ausentaram de sala de aula teriam de apresentar um plano de reposição de conteúdo para garantir aos estudantes o direito constitucional de terem 200 dias e 800 horas de efetivo trabalho escolar. De acordo com o Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação), desde o início de agosto estão sendo repostos 23 dias letivos com aulas aos fins de semana nas escolas em que houve paralisação das atividades.

LEIA TAMBÉM:

Ministério Público vai acompanhar reinício das aulas na rede municipal

Entre estas escolas está a Unidade de Ensino Básico (UEB) Jornalista Neiva Moreira, no Bequimão. Na unidade de ensino, os alunos estão assistindo aulas de duas disciplinas em cada fim de semana, além de fazerem educação física e participarem de um projeto interdisciplinar na biblioteca da escola. As aulas na escola, assim como nas demais que tiveram o calendário atrasado por causa da greve, estão acontecendo nos turnos matutino e vespertino. De acordo com o Sindeducação, algumas escolas terão aulas aos fins de semana até fevereiro de 2017 para que todo o calendário escolar seja reposto.

Greve
Os professores da rede municipal de ensino iniciaram greve no dia 25 de maio. Entre as pautas do movimento estava o reajuste salarial da categoria. Enquanto os docentes reivindicavam 11,36% de reajuste nos vencimentos, a Prefeitura oferecia 10,6% que seriam repassados de forma parcelada. A justificativa do Município para o pagamento escalonado seria “dificuldade financeira”, conforme exposto em audiência de conciliação mediada pelo Poder Judiciário e realizada na sede do Tribunal de Justiça do Maranhão, no dia 2 de junho.

No dia 2 de julho, em assembleia geral realizada na sede da Federação dos Trabalhadores na Indústria do Estado do Maranhão (Fetiema) a maioria da categoria votou pelo fim da greve, aceitando a proposta do Município de reajuste de 10,67%, que será pago em duas parcelas. A primeira de 5,5% para junho, retroativo a janeiro, e a outra para novembro, de 4,9%, sem retroativo.

Durante a greve dos professores da rede municipal, a maioria dos estudantes do município ficou sem aulas. Apenas a educação infantil seguiu com 100% do corpo docente. De acordo com informações divulgadas pelo Sindeducação à época da paralisação, 85 mil estudantes na cidade ficaram sem aulas por causa da greve dos docentes.

NÚMEROS
130 mil
estudantes estão matriculados na rede municipal de ensino

280 escolas compõem a rede de ensino municipal

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.