Desaparecimento

Após 9 meses, sumiço de PMs em Buriticupu ainda é mistério

Cabo Júlio e o soldado Alberto desapareceram no dia 17 de novembro do ano passado e até agora a polícia não conseguiu esclarecer esse caso; os suspeitos, três militares que estavam presos, foram soltos pela justiça estadual

Ismael Araujo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
Cabo Júlio e soldado Carlos Alberto que estão desaparecidos a 9 meses
Cabo Júlio e soldado Carlos Alberto que estão desaparecidos a 9 meses (Após 9 meses, sumiço de PMs em Buriticupu ainda é mistério)

SÃO LUÍS - Nesta quinta-feira, 17, faz nove meses que o cabo Júlio César da Luz Pereira e do soldado Carlos Alberto Constantino Sousa, ambos da Polícia Militar, desapareceram. Os dois militares foram vistos pela última vez no dia 17 de novembro do ano passado, na cidade de Buriticupu. O desaparecimento dos militares começou a ser investigado pela delegacia de Polícia Civil de Buriticupu, mas por determinação da cúpula da Secretaria de Segurança Pública (SSP), passou para o comando da Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP), sob a coordenação da delegada Nilmar da Gama.

O delegado geral da Polícia Civil, Leonardo Diniz, informou que, por meio de uma testemunha, identificada como Aceval de Melo, o Dal, a polícia conseguiu chegar a um dos envolvidos. Aceval declarou que no dia do fato o tenente da Polícia Militar, Josuel Alves de Aguiar, teria ligado para o celular de Carlos Alberto, convidando-o para irem buscar um caminhão e um trator.

Aceval de Melo informou, também, que antes do desaparecimento do soldado Alberto e do cabo Júlio teria visto os militares em um veículo Triton, em companhia do tenente Josuel e dos soldados Tiago Viana Gonçalves e Gladstone de Sousa. A testemunha ainda chegou a ir ao quartel de Buriticupu pedir informações sobre os militares desaparecidos, mas acabou ameaçado pelos suspeitos.

Durante as investigações, a polícia teria apreendido o chip usado pelo tenente Josuel na ligação para o celular do soldado Alberto. “Esse chip, que era do celular de um preso de Vitória do Mearim, foi utilizado por Josuel na ligação para Alberto, que foi desativado por algum tempo e estava com um mototaxista de Buriticupu, que disse aos policiais que o encontrou na porta do quartel da cidade”, explicou Leonardo Diniz.

Os militares Josuel Alves, Tiago Viana Gladstone de Sousa chegaram a ser presos no presídio militar, na sede do comandado geral da Polícia Militar, no Calhau, mas foram soltos por determinação judicial. No momento, esse caso está sob análise da Justiça Militar.

Desaparecimento

O cabo César e o soldado Alberto desapareceram no dia 17 de novembro do ano passado, na cidade de Buriticupu. Desde então, não houve mais qualquer notícia sobre eles. De acordo com testemunhas, os dois policiais foram vistos naquele dia, em uma L 200 Triton de cor preta, que era de propriedade do soldado Alberto, seguindo em direção ao município de Arame.

No dia do desaparecimento, Carlos Alberto se apresentou às 8h na 14ª Companhia Independente da Polícia Militar, mas saiu mais cedo. Já o cabo Júlio César da Luz Pereira, que era lotado no município de Estreito, estava de licença médica e por isso, morava em Buriticupu.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.