Troca de Ideia

Luiz Cláudio lança O Som Cruel e faz show na Paraiba

O disco com 11 faixas já está liberado nas plataformas digitais. A turnê nacional começa pela região Nordeste. Dia 23 de maio, em Souza (PB). Dia 24, em Fortaleza (CE). Dia 25, em Juazeiro do Norte (CE), com Mombojó (PE)

Pedro Sobrinho / Jornalista

Atualizada em 04/05/2024 às 12h05

“O Som É Cruel” acaba de chegar nas plataformas digitais, com uma peculiaridade - é o primeiro álbum com letras próprias de Luiz Claudio, paraense radicado em São Luís que é profundo connoisseur da percussão brasileira, em especial as do Pará e do Maranhão. 

Luiz Claudio no Troca de Ideia com Pedro Sobrinho. Foto: Suzana Fernandes
Luiz Claudio no Troca de Ideia com Pedro Sobrinho. Foto: Suzana Fernandes

Em TROCA DE IDEIA com o jornalista PEDRO SOBRINHO, no PLUGADO, na MIRANTE FM, fala de inspiração e mostrar que o fato de cantar no disco surgiu sem muita pretensão, mas como experiência e inovação.

“Neste trabalho resolvi colocar pra fora algumas coisas que escrevi, usar minha experiência como produtor musical e, por último, brincar de cantar rs”, comenta Luiz Claudio. Apesar disso, o artista não tem pretensão alguma de ser cantor, mas sim de colocar seu canto em favor de todo seu trabalho como arranjador, compositor e percussionista, que ficou conhecido por tocar com nomes como Zeca Baleiro, Rita Benneditto, Naná Vasconcelos, Trio Manari e Ceumar, além de ser precursor na mistura da música eletrônica com os ritmos amazônicos.

Segundo Luiz Cláudio a turnê do disco começa pela cidade de Souza (PB), no dia 22 de maio. No dia seguinte, será a vez de Fortaleza (CE) e fecha no dia 24/5, em Juazeiro do Norte (CE) juntamente com Mombojó PE), no line-up do evento. Ele garantiu que o show de lançamento em São Luís está previsto para julho.

"Faremos o caminho inverso nos shows de lançamento do disco. Lógico que começaremos a turnê de lançamento será pela região Nordeste. Mas, o pontapé inicial será em Souza (PB). No outro dia iremos para Fortaleza e encerramos no dia 24 na cidade de Juazeiro do Norte, também no Ceará. Levarei uma banda enxuta e como backing vocal a cantora maranhense Dicy", comenta.

Conexões musicais  

Com direção artística de Luiz Claudio e Zeca Baleiro, “O Som É Cruel” destaca ritmos tradicionais da música maranhense como Tambor de Mina, Tambor de Crioula, Tribo de Índio e Boi de Caixa, em combinações originais com a música eletrônica. Soul, Reggae, Ska, R&B e Funk também fazem parte das experimentações sonoras de Luiz Claudio.

O álbum autoral reúne 11 músicas, sendo 10 parcerias do artista e uma única regravação, “Adieu / Adeus”, uma toada clássica do Mestre Zió, do Bumba Meu Boi da Liberdade (São Luís/MA), que ganhou levada de ska e versão em francês do italiano Manlio Macchiavello, que divide os vocais da faixa com Luiz. O paraense Allan Carvalho, o paulista Otávio Rodrigues, o potiguar Yrahn Barreto e os maranhenses Fernando Santos, Madian e Zeca Baleiro são alguns dos parceiros que também participam do álbum, além de artistas como Anna Cláudia, Djalma Chaves, Elizeu Cardoso, Regiane Araújo, Canta Boddenberg (Alemanha), Manlio Macchiavello (Itália) e Noite.

“O Som É Cruel” é um lançamento do Selo e estúdio Zabumba Records, do próprio artista, com distribuição da OneRPM. O álbum sucede o EP solo Encantarias (2017), que reúne composições autorais e de mestres da cultura popular maranhense. Antes disso, lançou trabalhos em parceria com outros músicos, como Som na Lata, Fogo de Mão, Loopcinico (cd selecionado para o Prêmio da Música Brasileira em 2014, que abriu os caminhos da música eletrônica misturada aos ritmos maranhenses e paraenses de origem africana, indígena e do Oriente Médio) e o álbum Batuques do Norte (2016), em parceria com o Trio Manari de Belém do Pará.

Capa do Disco de O Som é Cruel. Foto: Lucas Maciel
Capa do Disco de O Som é Cruel. Foto: Lucas Maciel

O SOM É CRUEL, por Luiz Claudio

1 UM LUGAR PRA SER FELIZ (aqui ou em qualquer lugar) (Luiz Claudio / Zeca Baleiro)

É uma letra de saudosismo de minha terra, Belém. E pra dizer que podemos ser felizes em qualquer lugar. O ritmo é Tribo de Índio, tocado no Carnaval maranhense.

2 JAH NÃO SOU SEXY (Luiz Claudio / Otávio Rodrigues)

Tirei uma onda comigo mesmo, que fiz 60 anos em março. Traz a linguagem do Soul Reggae jamaicano, com uma base linda do Otávio Rodrigues.

3 O SOM É CRUEL (Luiz Claudio / Zeca Baleiro)

Divido os vocais com Zeca, que é meu parceiro nessa canção, que dá título ao trabalho.

Fiz a bordo de um catamarã enquanto navegava bem em frente a São Luís. De repente ouvia sons das festas vindo da beira mar, tocando reggae, lambada... No final, falamos sobre a ancestralidade negra do Maranhão. Na letra, Mina faz alusão ao Tambor de Mina. Eu criei o ritmo para essa música, Minambô - é uma mistura de terecô do Tambor de Mina de Codó com Tambor de Crioula.

4 O CÉU DE SÃO PAULO (Luiz Claudio/Fernando Santos / Noite)

Uma homenagem a SP, que me acolheu na década de 90. No final c A base eletrônica é do Denis Duarte de São Paulo e convidei a Noite para rimar e cantar. Tem uma levada de pandeirão do Sotaque da baixada do Bumba meu boi e do Boi de Pindaré.

5 CAPADÓCIA (Luiz Claudio e Fernando Santos)

É uma viagem abstrata , fala do bairro da Madre Deus em São Luís e o ritmo tocado é o do Bloco Tradicional, típico do Carnaval do Maranhão.

6 BEDUÍNDIA (Luiz Claudio e Yrahn Barreto)

Yrahn Barreto canta comigo essa faixa, que tem sotaque de Boi de Caixa da Baixada. Fiz depois de assistir um documentário de viagens em que uma maranhense parecendo uma índia, andava de camelo pelo Saara.  

7 TAPAS Y QUESOS (Luiz Claudio e Fernando Santos)

Fiz numa madrugada, observando minha mulher reunida com as amigas e comendo tapas e queijos. Fala um pouco de nossa relação e faz uma espécie de paródia de “Entre tapas e beijos”. Divido os vocais com Andrea Canta, cantora e compositora alemã que morou em São Luís e tem o projeto colaborativo Canta Boddenberg com o compositor e produtor Lutz Boddenberg, em Düsseldorf (Alemanha). Eles produziram comigo a faixa, com uma levada Bossa Nova.

8 ROLÊ (Luiz Claudio e Allan Carvalho)

Foi a última a ser composta. Surgiu de um zap com meu sobrinho que está morando em Coimbra/Portugal. Ele respondeu que não estava em casa naquele momento porque teve que ir rapidinho, ali em Lisboa. Achei surreal essa frase e fiz a letra desse Funk R&B.

9 PUNGADA DE HOMI (Luiz Claudio e Madian)

Com levada de pandeiro misturando Afoxé, Embolada e Capoeira Angola, fala de uma expressão de dança e luta quase em extinção no Maranhão, a punga dos homens, que acontece na roda de tambor.

10 DUANNA E MALU (Luiz Claudio e Allan Carvalho)

Fiz essa Valsa pra minha filha Duanna e minha neta Malu.

11 ADIEU / ADEUS (Mestre Zió - versão em francês Manlio Macchiavello)

É uma toada do Mestre Zió, que eu já tinha gravado em “Encantarias” e aqui ganhou levada de Ska e uma versão em francês, que canto com Manlio.

O SOM É CRUEL | LUIZ CLAUDIO 

Direção Artística - Luiz Claudio e Zeca Baleiro

Produção Executiva - Suzana Fernandes

Arte Capa - Lucas Maciel

Arte e Ilustrações Encarte - Alessa Alencar

Masterização Estúdio Banzai (São Paulo) por Leonardo Nakabayashi (exceto Tapas y Quesos, masterizada no Lutz studio (Dusseldorf, Alemanha) por Lutz Boddenberg)

Lançamento do Estúdio Zabumba Records / Distribuição OneRPM

UM LUGAR PRA SER FELIZ (aqui ou em qualquer lugar) (Luiz Claudio / Zeca Baleiro)

Vozes - Luiz Claudio/ Allan Carvalho

Vocais - Anna Claudia

Violão - Marquinhos Mendonça

Baixo - Mauro Travincas

Harmônica - Ricardo Foca

Teclados e synth - Rubens Salles

Percussão - Luiz Claudio

Produzido por Luiz Claudio

Gravação e Mix Zabumba Records (São Luís) por Daniel Nobre

JAH NÃO SOU SEXY (Luiz Claudio / Otávio Rodrigues)

Vozes - Luiz Claudio / Otávio Rodrigues / Regiane Araújo / Anna Claudia

Base eletrônica - Otávio Rodrigues

Percussão - Luiz Claudio e Otávio Rodrigues

Produzido por Luiz Claudio e Otávio Rodrigues

Gravação e Mix Zabumba Records (São Luís) por Daniel Nobre

O SOM É CRUEL (Luiz Claudio / Zeca Baleiro)

Vozes - Luiz Claudio / Zeca Baleiro / Elizeu Cardoso

Programação eletrônica - Denis Duarte

Violão - Zeca Baleiro

Baixo - Fernando Nunes

Percussão - Luiz Claudio

Produzido por Luiz Claudio, Zeca Baleiro e Denis Duarte

Gravação ¼  Produções por Denis Duarte (SP) e Zabumba Records SLZ por Daniel Nobre

Mix por Leonardo Nakabayashi

O CÉU DE SÃO PAULO (Luiz Claudio/Fernando Santos / Noite)

Vozes - Luiz Claudio e Noite

Programação eletrônica - Denis Duarte

Violão e Synth - Daniel Nobre

Percussão - Luiz Claudio

Produzido por Luiz Claudio e Denis Duarte

Gravação e Mix Zabumba Records (São Luís) por Daniel Nobre

CAPADÓCIA (Luiz Claudio e Fernando Santos)

Vozes - Luiz Claudio / Djalma Chaves

Teclados - Renato Serra

Percussão - Ricardo Sandoval e Luiz Claudio

Produzido por Luiz Claudio

Gravação: Zabumba Records (São Luís) por Daniel Nobre e Kadosh Music por Renato Serra

Mix: Zabumba Records por Daniel Nobre

BEDUÍNDIA (Luiz Claudio e Yrahn Barreto)

Vozes - Luiz Claudio e Yrahn Barreto

Vocais  - Jamilly Mendonça

Violão - Yrahn Barreto

Percussão - Luiz Claudio

Contrabaixo - Fernando Nunes

Produzido por Luiz Claudio

Gravação Zabumba Records (São Luís) por Daniel Nobre e Estúdio Sérgio Farias (Natal/RN) por Sérgio Farias

Mix: Zabumba Records por Daniel Nobre

TAPAS Y QUESOS (Luiz Claudio e Fernando Santos)

Vozes - Luiz Claudio / Andrea Canta

Violão - Fernando Santos

Teclados e synth - Lutz Boddenberg

Percussão - Luiz Claudio

Produzido por Luiz Claudio e Canta Boddenberg

Gravação - Lutz studio (Dusseldorf, Alemanha) e Zabumba Records por Daniel Nobre

Mix e master - Lutz studio (Dusseldorf, Alemanha) por Lutz Boddenberg

ROLÊ (Luiz Claudio e Allan Carvalho)

Vozes - Luiz Claudio e Allan Carvalho

Violão e Guitarra - Israel Dantas

Trompete e Flugel - Daniel Cavalcante

Percussão - Luiz Claudio

Teclados, Samples, Synth Bass e Arranjo - Bives

Produzido por Luiz Claudio e Bives

Gravação - Zabumba Records  (São Luís) por Daniel Nobre, Studio Raposa por Bives, e Studio Z por Thiago Albuquerque (Belém/Pa)

Mix - Zabumba Records por Daniel Nobre

PUNGADA DE HOMI (Luiz Claudio e Madian)

Voz - Luiz Claudio e Madian

Violão - Madian

Guitarras, Synth, Synth Bass e Efeitos - Daniel Nobre

Percussão orgânica e pandeiro - Luiz Claudio

Produzido por Luiz Claudio e Daniel Nobre

Gravação e Mix Zabumba Records (São Luís) por Daniel Nobre

DUANNA E MALU (Luiz Claudio e Allan Carvalho)

Vozes - Luiz Claudio / Anna Claudia

Acordeon - Rui Mário

Violão - Allan Carvalho

Percussão - Luiz Claudio

Produzido por Luiz Claudio

Gravação - Zabumba Records por Daniel Nobre, Studio Z por Thiago Albuquerque (Belém/PA) e Estúdio Master por Rui Mário

Mix - Zabumba Records (São Luís) por Daniel Nobre

ADIEU / ADEUS (Mestre Zió - versão em francês Manlio Macchiavello)

Vozes - Manlio Macchiavello / Luiz Claudio

Violão - Manlio Macchiavello

Percussão - Luiz Claudio

Trompete - Daniel Cavalcante

Produzido por Luiz Claudio

Gravação e Mix Zabumba Records (São Luís) por Daniel Nobre

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