Menos doença

Casos de malária tiveram redução de 70% no estado

Com o fim das chuvas, o mosquito transmissor deve se reproduzir menos, e com isso o estado deve encerrar o ano de 2017 com número bem menor de casos da doença em comparação a 2016

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36

[e-s001]O Maranhão reduziu em mais de 70% os casos registrados de malária de 2016 a 2017. O total, em 7 meses, representa apenas 26% do que foi registrado no ano passado, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Como o período de chuvas mais intensas já acabou, o mosquito transmissor da doença deve se reproduzir menos, e com isso o estado deve fechar 2017 com um número menor de casos da doença em comparação a 2016. Entretanto, é preciso continuar atento às formas de prevenção.

Desde 2013, o Maranhão tem apresentado redução nos casos de malária. Em 2013, 1.963 casos foram diagnosticados no estado e em 2014, 1.396. Já em 2015, foram registrados 548. Entre os estados da Região Amazônica, o Maranhão foi o que apresentou a maior queda, com redução em 71%, seguido de Rondônia (29%), Pará (17%) e Acre (14%). Em 2016, foram registrados apenas 123 casos da doença e até julho deste ano foram apenas 32 registros.

A SES destaca ainda que 86% dos casos de malária registrados no Maranhão são importados de outras localidades. No ano passado, foram examinadas 26.264 amostras, com 123 casos confirmados de malária. A cidade de Cândido Mendes concentrou o maior número de casos, com 20 notificações. O diagnóstico da doença é coordenado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (Lacen/MA).

Em março deste ano, ações de combate à malária foram intensificadas no interior do Estado, especialmente nos municípios de Itaipava do Grajaú e Centro Novo do Maranhão. As atividades, que fazem parte do Programa Estadual de Controle da Malária no Maranhão, são executadas pela SES, por meio do Departamento de Controle de Endemias. As duas cidades são as que concentram a maioria dos casos registrados da doença este ano.

Em abril deste ano, o Maranhão foi inserido na campanha de combate à malária lançada pelo Ministério da Saúde. Com o slogan “Faça o Tratamento até o Fim. Sem a doença, você vive muito melhor”, o foco é incentivar as pessoas a procurarem o diagnóstico de malária em uma unidade de saúde para fazer o exame e, caso positivo, realizar o tratamento completo.

A publicidade está sendo veiculada na televisão, rádio, internet e outdoors na Região Amazônica do país, formada pelos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Tocantins, que concentra 99% dos casos. O esforço do Ministério da Saúde, em conjunto com os estados e municípios, para prevenir, controlar e reduzir a malária tem demonstrado resultados positivos a cada ano.

[e-s001]Em 2016, foram notificados 129.195 casos (dados preliminares) em todo o país, que representa uma redução de 9,7% em relação a 2015 (143.161 casos). Na comparação dos últimos dez anos, a redução foi de 76,5%, uma vez que em 2006 foram registrados 550.847casos da doença. Em relação ao número de óbitos por malária, também houve uma queda expressiva de 67,6%, passando de 105 em 2006 para 34 em 2015.

No Maranhão, a SES distribuiu um pacote de equipamentos para o controle da malária com motocicletas para 30 cidades, Ultra Baixo Volume (UBV) costal - utilizado no combate do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus - para 18 Unidades Regionais de Saúde e pulverizador de 15,2 L e termonebulizador - equipamentos empregados no combate da malária e leishmaniose - para 43 municípios maranhenses.


SAIBA MAIS

Malária

A malária é transmitida pela fêmea do mosquito Anopheles, infectada por protozoários do gênero Plasmodium. A transmissão acontece após picada da fêmea do mosquito Anopheles, No Brasil, três espécies estão associadas à malária em seres humanos: P. vivax, P. falciparum e P. malariae. Os sintomas mais comuns são calafrios, febre, dores de cabeça e musculares, taquicardia, aumento do baço e, por vezes, delírios. No caso de infecção por P. falciparum, também existe uma chance em dez de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença.

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