Segundo o dicionário, fraudes são “más artes que causam dolo. Má-fé. Candonga. Contrabando”. A prática é tão comum quanto imoral. A questão é que a cada dia os criminosos inventam uma forma diferente de tirar vantagem sobre alguém ou algum órgão e muitos, por inocência, ignorância ou na esperança de também ter alguma vantagem, caem nas armadilhas soltas por aí.
Em São Luís, a falsificação de documentos é o tipo de fraude mais comum, de acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP). São 50 inquéritos de fraudes, a maioria de documentos como Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CLRV) e laudos, investigados pela Delegacia de Defraudações no momento. Os dados constam no especial que publicamos neste fim de semana em Cidades.
Pelas estatísticas, idosos, mulheres e pessoas com operações financeiras em bancos são as principais vítimas. A falsificação de documentos pode trazer sérias consequências para as vítimas, independente do uso para o qual a cópia falsificada foi utilizada. De acordo com pesquisas realizadas pela Serasa Experian, basta perder os documentos para dobrar a probabilidade de ser vítima de uma fraude.
Um dos golpes mais comuns é o do chamado “bilhete premiado”, no qual o criminoso aborda a vítima na rua se dizendo vindo do interior e pedindo instruções para que possa sacar o valor sorteado de um prêmio na loteria, como a Mega Sena. Durante a conversa, o golpista convence a vítima a lhe emprestar uma conta bancária para a qual possa transferir o prêmio, mas pede como garantia que ela lhe dê alguma quantia em dinheiro, com a promessa de que ela ganhará parte do prêmio resgatado. Transferência feita, mais uma vítima enganada.
Durante a última semana, uma pesquisa deu panorama real – e assustador – sobre ao assunto no país. Somente de janeiro a maio, o Brasil acusou 782.244 tentativas de golpes - a cada 16,8 segundos, uma tentativa de fraude é aplicada no país. No acumulado do ano, o segmento de telefonia foi o mais afetado, sendo responsável por 38,6% do total, com 301.956 ocorrências. Em sua maioria, dados de consumidores são utilizados por criminosos para abertura de contas de celulares ou compra de aparelhos, por exemplo, divulgou o Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude.
Para tentar prevenir ser vítima de algum golpe, a população precisa ficar atenta. A primeira dica é desconfiar de oportunidades muito vantajosas. Prêmios facilitados, benefícios inesperados são, quase sempre, golpes.
Segundo, quem teve documento extraviado deve fazer um Boletim de Ocorrência numa delegacia policial. O registro ajuda a reduzir o risco e evita a dor de cabeça de ter dados pessoais utilizados por fraudadores.
Não perder de vista seus documentos de identificação quando solicitados para protocolos de ingresso em determinados ambientes ou quaisquer negócios. Assim como não deixar que atendentes de lojas e outros estabelecimentos levem seus cartões bancários para longe de sua presença sob a alegação de efetuar o pagamento.
Ao ingressar em um site para realização de compra ou transação financeira, é importante verificar se há certificado de segurança. Não fazer cadastros em sites que não sejam de confiança e desconfiar de sites que anunciam ofertas de emprego ou produtos por preços muito inferiores ao mercado podem evitar dores de cabeça. As dicas são muitas, tanto quanto o número de golpes mundo afora. Fique atento.
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