Abastecimento

Avenida Litorânea entra no rodízio de água e donos de bares se preocupam

Nova rotina começou esta semana, mas ninguém foi informado da situação até que a Caema fosse questionada sobre a falta d’água; argumentação de comerciantes alegando prejuízo a turistas não mudou a situação

Jock Dean / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38
Com água nas torneiras em dias alternados, bares e restaurantes terão de acondicionar o produto
Com água nas torneiras em dias alternados, bares e restaurantes terão de acondicionar o produto (sem água)

SÃO LUÍS - Donos de bares, restaurantes, hotéis e pousadas da Avenida Litorânea foram surpreendidos esta semana com a falta de água repentina na área. Segundo eles, o abastecimento no local sempre foi diário e não receberam nenhum comunicado da suspensão do abastecimento. A falta d’água na avenida compromete a limpeza, preparação de alimentos e a outras tarefas essenciais para o funcionamento dos estabelecimentos da orla.

Com cerca de 4 quilômetros de extensão, a Avenida Litorânea é um dos cartões-postais da cidade de São Luís, atraindo um grande número de turistas. Começa na Praia da Ponta d’Areia, chegando à do Calhau, passando ainda pela Praia de São Marcos. Ao longo da via, encontram-se bares de estrutura de madeira e cobertura de palha no mesmo nível do calçadão, geralmente utilizado para realização de atividades físicas e uma parte destinada à ciclovia.

O abastecimento foi interrompido por volta das 22h30 da quarta-feira, dia 7, e só foi normalizado na sexta-feira, dia 9. “Não entendemos motivo de a água faltar. Ela voltou hoje de manhã [sexta-feira], mas ainda de forma irregular, bem fraca. A gente agora está preocupada de ficar assim sempre ou de faltar mais vezes”, ressaltou Rosa Santos, cozinheira de um dos bares da Avenida Litorânea.

Ela disse que, no período em que o abastecimento ficou suspenso, eles tiveram de contar com a ajuda dos estabelecimentos que têm poços artesianos ou bombas para poder fazer suas tarefas diárias.

Rodízio
Com a rotina e o faturamento dos seus negócios comprometidos, os empresários resolveram ligar para a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) em busca de explicação.

Para espanto geral, a informação repassada foi de que a partir de agora o fornecimento de água obedecerá ao sistema de rodízio, ou seja, o líquido jorrará das torneiras dia sim, dia não, como já acontece na maior parte da cidade.

A medida causou insatisfação e revolta em empresários e seus funcionários, que alegam ser inaceitável que uma avenida cheia de restaurantes, bares e hotéis fique sem água durante 24 horas consecutivas. Argumentaram ainda que os poucos turistas que ainda frequentam a orla não poderão mais utilizar os chuveiros públicos, situação que ficará ainda mais grave com a proximidade da temporada de férias, quando aumenta o número de visitantes.

A Caema informou que realizou checagem na rede de abastecimento de água do local e fez manutenção para adequações, retirada de ligações clandestinas e religações irregulares em residências, bares e outros empreendimentos na área.

O abastecimento na área é feito por meio de contribuições do Sistema Italuís, a partir de vazão destinada pelo reservatório R-9, situado nas imediações do Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão, no Calhau. A área recebe ainda volume do poço tubular de grande vazão (P1), localizado na altura da Avenida Luís Eduardo Magalhães, o que torna o abastecimento proficiente em toda a sua extensão e sem intermitência.

SAIBA MAIS

A Avenida Litorânea foi inaugurada em 1993, pelo Governo do Estado, com 3,30 quilômetros de extensão. Em 2012, a Prefeitura de São Luís entregou um novo trecho de 600 metros, prolongando a via, facilitando o acesso ao Olho d’Água.

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