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Cultura popular do Maranhão em destaque no Rio de Janeiro

Fotógrafo Márcio RM expõe imagens colhidas na Festa do Divino em Alcântara; mostra fica em cartaz até o dia 3 de julho, na Galeria de Arte do Centro Cultural Cândido Mendes

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38
Exposição mostra aspectos da Festa do Divino em Alcântara
Exposição mostra aspectos da Festa do Divino em Alcântara (Exposição Márcio RM)

SÃO LUÍS- Com o título “Ponte para o Passado”, o fotógrafo Marcio RM realiza uma exposição sobre o Maranhão na Galeria de Arte do Centro Cultural Cândido Mendes, Praça XV, no Rio de Janeiro (RJ) até o dia 3 de julho. A exposição apresenta 24 imagens da Festa do Divino da cidade de Alcântara (MA).

Esta é a 17ª individual do fotógrafo no Rio de Janeiro. “Um dos significados da palavra Alcântara é ponte, sendo que as imagens deste ensaio nos apresentam o nosso passado e a nossa história, ou seja, a nossa cultura”, diz Márcio RM.

O fotógrafo atua desde 1982 e tem fotos veiculadas nas principais publicações brasileiras. Trabalhou para as revistas Isto É e Veja e os jornais O Estado de São Paulo, Gazeta Mercantil e Folha de São Paulo, além de empresas como a Petrobras.

Ele vem há vários anos se dedicando a elaboração e execução de projetos documentais, tendo participado de mais de 110 exposições, entre individuais e coletivas pelo Brasil e no exterior (Japão, Qatar e Portugal).

As exposições individuais foram realizadas nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói, Cabo Frio, Paraty, Rio das Ostras, Duque de Caxias, Três Rios, São João de Meriti, Nova Iguaçu, São Gonçalo, Petrópolis, Teresópolis (RJ), Belém (PA), São Paulo e Aparecida(SP), Porto Alegre (RS), São Luís (MA), Brasília (DF), Aracaju (SE), Tiradentes, Viçosa e Juiz de Fora (MG), Fortaleza (CE), São Félix e Salvador (BA).

Festa

A festa do Divino Espírito Santo foi criada no início do século XIV em Portugal e introduzida no Brasil pelos colonizadores no século XVI. É realizada no dia de Pentecostes (50 dias após a Páscoa), homenageando a terceira pessoa da Santíssima Trindade.

No Maranhão, a cidade de Alcântara é o cenário de uma das maiores festas do Divino Espírito Santo do estado, tendo um ciclo que dura o ano inteiro, iniciando-se no Domingo de Pentecostes, quando ocorre o ritual da leitura do Pelouro e terminando no Domingo de Pentecostes do outro ano, no mesmo ritual de leitura do Pelouro da festa seguinte.

A comunidade tenta reproduzir nas ruas o que não está registrado em nenhum livro de história: a visita do imperador à cidade que tem seu sobrenome (Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga).

Os festejos giram em torno de um grupo de jovens, o império. Eles acompanham o imperador (ano ímpar) ou a imperatriz (ano par) com roupas de época, combinando a cor de acordo com o dia da festa.

A riqueza dos seus figurinos diferencia esta celebração de outras comemorações em louvor ao Divino Espírito Santo pelo país. Os cânticos são entoados pelas caixeiras, senhoras que tocam caixas e cantam durante a festa.

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