Crise na educação

Quarto teto de escola desaba e expõe cenário caótico da educação municipal em São Luís

Último caso de desabamento aconteceu nesta segunda-feira e professores decidem entrar em greve

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38
Parte do forro e uma das salas de aula desabou na Unidade de Educação Básica Governador Jackson Lago
Parte do forro e uma das salas de aula desabou na Unidade de Educação Básica Governador Jackson Lago

SÃO LUÍS – Definitivamente a educação municipal de São Luís atravessa uma crise profunda. As escolas somam desastres em suas estruturas – vários tetos já caíram sobre alunos e professores – e mais uma possível greve se aproxima. Nesta segunda-feira (29), foi a vez dos estudantes e funcionários da Unidade de Educação Básica Governador Jackson Lago, localizada no bairro da Cidade Operária, sofrer com o descaso. Após uma forte chuva, parte do forro de uma das salas de aula desabou. Segundo o Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação), hoje cerca de 40 escolas estão com as aulas paralisadas na capital maranhense.

No último sábado, os professores da rede municipal de ensino de São Luís decidiram paralisar as atividades por tempo indeterminado. A categoria decidiu pela Greve Geral depois da intransigência da Prefeitura de São Luís que finalizou a mesa de negociação sem oferecer nenhum reajuste para os profissionais do magistério. Em texto publicado em seu site, o Sindeducação afirma, também, que as péssimas condições da infraestrutura das escolas motivaram o movimento grevista, que deve se iniciar em agosto.

“Falta iluminação nas salas, ventiladores, merenda escolar, material pedagógico, condições de salubridade para o desenvolvimento da prática pedagógica”, disse trecho do texto.

Teto da Escola Darcy Ribeiro veio abaixo no mês de março
Teto da Escola Darcy Ribeiro veio abaixo no mês de março

A proposta de reajuste salarial deliberada em assembleia e encaminhada à Prefeitura de São Luís pelo sindicato é de reajuste de 7,64%, mais o parcelamento das perdas salariais que chegam a 16,07% e ainda uma gratificação de incentivo a docência de R$ 400,00 para os professores efetivos.

Quarta escola com desabamento

Antes do desabamento do forro da Unidade de Educação Básica Governador Jackson Lago, a UEB Enedir Santos Paixão, no bairro do Santa Bárbara, teve seu teto desabado, assim como o teto da Escola Darcy Ribeiro que veio abaixo no mês de março. Já na Escola Rosa Mochel, no Coroado, uma parede veio abaixo, trazendo junto o forro. No São Cristóvão, na escola Antônio Vieira, uma luminária caiu e machucou a cabeça da professora.

“Não podemos carregar nos nossos ombros a má administração do Prefeito Edivaldo Holanda Júnior. Hoje temos uma situação insustentável nas escolas de São Luís e somando-se a isso a falta de sensibilidade do gestor municipal para uma área tão importante que é a educação, os professores vivenciam uma luta diária em prol da educação pública da capital”, disse a professora Elisabeth Castelo Branco, presidente do Sindeducação.

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