O Maranhão possui o maior custo da construção civil entre os nove estados da Região Nordeste, com o metro quadrado (m²) valendo R$ 1.000,12. Os custos no estado por m² cresceram 2,51% no mês de março (segunda maior taxa do país), em função do reajuste salarial resultante do acordo coletivo. Com isso, superou a Paraíba e passou a ser o responsável pelo maior custo da região, seguido pelo Piauí (R$ 995,55). Os números constam na análise do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), com dados do IBGE, divulgada ontem pelo Banco do Nordeste.
O Maranhão figura também com a mão de obra mais cara do Nordeste (R$ 451,73), embora esta seja 26,1% mais barata do que a do Rio de Janeiro (R$ 610,88), que possui o maior preço do país. Apesar da mão de obra cara, o valor corresponde à 45,16% dos custos por m² - mais da metade dos custos ainda é com material de construção (54,84% ou R$ 548,39).
Ranking
Na contramão do estado, Sergipe se manteve como o estado com o menor custo do país (R$ 910,04), seguido por outros três estados da região, Rio Grande do Norte (R$ 918,82), Bahia (R$ 944,83) e Alagoas (R$ 945,70), em ordem crescente. Ainda segundo o relatório, os nove estados nordestinos estão entre os 11 com menor custo da construção civil no país. Em média, o metro quadrado na região custa R$ 960,27. Além dos estados do Nordeste, apenas Espírito Santo (R$ 951,56) e Minas Gerais (R$ 989,86) ficaram entre os 11 mais baratos do país em construção civil, ocupando o 5º e 8º lugares, respectivamente.
Segundo a análise do Etene, as perspectivas para o setor da construção revelam expectativas ainda desanimadoras. Em março, houve queda nos indicadores que medem as expectativas em relação ao nível de atividade, aos novos empreendimentos e serviços, às compras de insumos e matérias-primas e ao número de empregados, apontando para uma perspectiva pessimista de redução nestas variáveis para os próximos seis meses.
Nacional
O custo nacional da construção civil, por metro quadrado (m²), subiu 0,46% em março. Esta variação foi maior do que a do mês anterior (0,19%), mas inferior à taxa de março de 2016 (0,82%). Em 12 meses, até março de 2017, a taxa acumulada foi de 5,39%, conforme o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O metro quadrado passou de R$ 1.033,16 em fevereiro para R$ 1.037,96 em março, sendo R$ 534,22 relativos aos materiais e R$ 503,74 à mão de obra. Ou seja, de um modo geral, os materiais são responsáveis por 51,5% dos custos totais e a mão de obra, por 48,5%.
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